Nesta quinta é celebrado o Dia Nacional do Livro; leitores relembram primeiras experiências com o livro
Formadas a partir de momentos de atenção e satisfação a determinada experiência vivida, as memórias afetivas são lembranças armazenadas no inconsciente que quando afloram pode nos trazer boas sensações e nostalgias. Dentre os diversos estímulos à memória afetiva, a leitura está presente na vida de 56% dos brasileiros, segundo pesquisa do Instituto Pró-Livro (IPL).
No Dia Nacional do Livro, comemorado anualmente em 29 de outubro, a data chama a atenção para a importância da leitura. O contato com livros pode ser feito em qualquer fase da vida, contudo, quando estimulado desde a infância tem maiores chances de tonar-se um hábito.
E é com os livros, lidos em conjunto com a família, que o escritor e professor de Filosofia Saulo Dourado, 31, guarda boas lembranças. “Meu pai é professor de Matemática e tinha uma biblioteca em casa. Colecionava livros de literatura, revistas e enciclopédias. Tinha um tapete que eu gostava de brincar de carrinho que ficava na biblioteca do meu pai, onde eu costumava brincar e ficar admirando os livros”, conta.
Nascido em Irecê, interior da Bahia, o escritor Saulo enxerga nos livros uma marca permanente na relação de afeto entre pais e filhos. “Aquele contato, aquele calor de uma presença contando história vai ser uma marca duradora do que significa estar em contato com o livro. Como autor, busco cumprir esse papel”, opina.
Quando o objetivo da brincadeira é despertar no indivíduo o gosto pela leitura, o lúdico é uma forma interessante para atrair a atenção dos pequenos. Assim foi com a poetisa Palmira Heine, que lembra dos saraus realizados no quintal de sua casa, onde brincava com os irmãos. “Meu pai pegava poemas e fazia com que meus irmãos recitassem e eu, como era menor, ficava olhando com vontade de aprender a recitar. Tudo aquilo parecia mágica e, assim, ia me satisfazendo com aquilo”, conta Heine, que atualmente tem mais de 10 livros publicados.
Quem também traz consigo boas lembranças da infância entre os livros é a relações-públicas Gabriele Silva, que iniciou o hábito da leitura a partir do incentivo de uma vizinha. “Quando eu era pequena, uma vizinha me emprestou um livro. Inicialmente, ela foi minha maior incentivadora e me emprestava diversos livrinhos”, relembra.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba