O administrador Camilo Duarte (PCO), candidato à Prefeitura de João Pessoa, propôs uma estatização de todo o sistema de saúde da capital. Segundo ele, é necessário investir na saúde para poder iniciar algum trabalho. “Teria que ter investimento de uma rede ligada a toda população só que com um contato maior com as comunidades, em que elas pudessem ter contribuição direta na gestão da saúde”, explica em entrevista à CBN nesta quarta-feira (28).
No primeiro bloco, o candidato explicou que a sua candidatura à Prefeitura de João Pessoa partiu de uma decisão na convenção nacional do PCO, na qual o seu nome foi indicado. “Meu nome foi indicado pelo nacional, não é uma candidatura com escolha de Camilo, eu fui incubido e aceitei a missão. Tem também um desejo pessoal de transformação. Mas o desejo pessoal tem que estar subjugado ao desejo coletivo. No PCO, o ponto principal é a discussão coletiva, é o ponto que a gente coloca como orientação, e não apenas a vontade de um ou outro”, enfatizou.
O candidato ainda dialogou sobre o seu plano de governo, a partir da indagação de que não havia a citação da cidade de João Pessoa em nenhuma página. Ele explicou que o problema é de combate à demagogia. “Vemos hoje aqui candidatos da direita e até alguns candidatos da esquerda seguindo a política da demagogia. Falam em resolver o problema da saúde, mas não sabemos como será o serviço público daqui há um ou dois anos. Não tem como dizer que vai resolver um problema ou outro pontual. É pura demagogia”, declarou.
Camilo Duarte, no entanto, enfatizou que as eleições são desiguais e antidemocráticas. Ele baseou as suas propostas na mobilização popular e declarou que não vai ser eleito. “Nossa candidatura não tem nenhuma chance de ser eleita”, destacou.
Conforme o candidato, o principal ponto da sua carta programa é mobilizar a população para conseguir suas necessidades. “Tudo que a população tem, tudo que ela teve, foram conseguidas através da mobilização. A única forma de fazer um movimento é com apoio popular massivo. As ações de um prefeito são muito limitadas. O que garante o atendimento das reivindicações da população é a mobilização popular e mais nada”, disse.
Para garantir essa população, Camilo propõe uma imprensa independente, como forma de mobilização. No entanto, destacou que “não temos ainda, na esquerda, uma coesão sobre como enfrentar politicamente a extrema direita e mobilizar a população”.
Sobre mobilidade urbana, destacou que os problemas são sempre os mesmos: veículos ruins, superlotados e poucas linhas. “O básico que teria que ter era uma mudança da estrutura. João Pessoa era para ter algo parecido com o metrô. Se a população precisa, é dever do estado atender”, frisou. Como realizar esse investimento, Camilo disse que pretende não pagar a dívida interna e externa.
Para os ambulantes, uma questão que tem sido amplamente discutida, ele apresenta duas representações: quem faz isso para um subemprego, por falta de emprego e de outra opção, e quem atua como comerciante porque enxerga nesse trabalho uma opção de vida. “Para o pequeno comerciante, deveria ter investimento. Ao contrário do que governo federal coloca, que só vai investir no grande porque tem lucro, deve-se investir nos pequenos”, explicou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: G1 PARAÍBA