O brasileiro que participava como voluntário dos testes da vacina de Oxford contra o coronavírus e morreu na última quinta-feira (15) não teria recebido a imunização, de acordo com o site Bloomberg e a agência de notícias Reuters. As reportagens citam uma fonte que pediu para não ser identificada porque as informações sobre o estudo não são públicas.
De acordo com a publicação, o homem faria parte do grupo de controle comparativo, que recebe um placebo e não a dose do medicamento. Durante os testes, pesquisadores e participantes do estudo não sabem a que grupo pertencem.
A AstraZeneca afirmou que não pode comentar sobre casos individuais devido a confidencialidade e as regras do estudo.
Na segunda-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi formalmente informada pela Universidade Oxford e pelo laboratório AstraZeneca, desenvolvedores da vacina.
O estudo terá prosseguimento. De acordo com a Reuters, uma fonte afirmou que o teste no Brasil teria sido suspenso se o voluntário que morreu fizesse parte do braço ativo do ensaio clínico.
“Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo”, disse a Anvisa em nota.
O homem que morreu é um médico de 28 anos que trabalharia na linha de frente do combate ao coronavírus em um hospital privado e em outro da rede municipal, ambos na zona norte do Rio de Janeiro. Ele participou do estudo no fim de julho, adoeceu em setembro e seu quadro se agravou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: GZH