O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, exonerou, nesta sexta-feira (18), dois servidores da pasta responsáveis por uma portaria publicada no dia 1º de setembro que incluiu a Covid-19 na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT) . A portaria foi revogada no dia seguinte pelo órgão. A versão que circula internamente é que a publicação da portaria teria desagradado o ministro.
Em coletivas de imprensa, Pazuello e mais membros da pasta justificaram a revogação do ato com o argumento de que a normativa estaria sendo revista e aprimorada.
Nesta sexta-feira, Karla Freire Baeta foi exonerada do cargo de coordenadora-geral de Saúde do Trabalhador. Além dela, Marcus Vinícius Quito também foi dispensado da função de assessor técnico da coordenação, e do Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde. As exonerações foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial da União .
A portaria publicada inicialmente previa como fator de risco a exposição ao novo coronavírus, “SARS-CoV-2” em atividades laborais. Integrando o grupo “Doenças Relacionadas ao Trabalho com respectivos Agentes e/ou Fatores de Risco”.
Essa não é a primeira vez que Pazuello exonera servidores responsáveis por portarias que desagradam o governo. Em junho, Pazuello exonerou autores de nota técnica da pasta que recomendavam a continuidade dos serviços de saúde que garantem o acesso a métodos contraceptivos de emergência e ao aborto permitido em lei durante a pandemia do novo coronavírus. Na época, o presidente Jair Bolsonaro reclamou da medida nas redes sociais.
Fonte: UOL
Créditos: UOL