O Ministério Público de Contas da Paraíba (MPC-PB) ofereceu representação contra o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, a ex-secretária de Saúde daquele município, Luzia Pinto, assim como secretário atual, Felipe Reul. O MPC-PB pede a instauração de inspeção especial no município para apurar possíveis irregularidades na aquisição de respiradores pela prefeitura.
A investigação partiu de uma denúncia publicada nas redes sociais, no perfil ”Fiscaliza Campina”. Foram identificadas algumas conexões entre empresas fornecedoras da Prefeitura de Campina Grande, sócios, ex-sócios, empregados, ex-empregados, servidores, ex-servidores e pessoas com vínculo de parentesco, motivo pelo qual o MPC entendeu por bem aprofundar as investigações, tendo identificado algumas incongruências e fortes indícios de ilegalidades, conforme narra na representação.
Após as denúncias publicadas pela página Fiscaliza Campina, a empresa MFT Materiais Médico-Hospitalares e Manutenção LTDA. divulgou uma nota de esclarecimento, que foi assinada e publicada pela Coordenadoria de Comunicação (Codecom) da Prefeitura de Campina Grande, fato que o MPC-PB condena. ”A fonte da informação não poderia ser a Codecom, sob pena de se misturar o público com o particular – utilização de meio público (portal oficial público na internet) para atender a interesses particulares (da empresa privada)”, diz trecho da representação.
Outra questão é que até 2018, dois funcionários dos quadros da prefeitura figuravam entre os sócios da MFT.
A denúncia cita ainda diversos aspectos que causam estranheza nas declarações da empresa, como por exemplo, o fato de que entre 2018 e 2019 ela só possuía três funcionários registrados e ainda assim fechou grandes contratos com a prefeitura. Há também a suspeita do uso de um ”laranja” na empresa.
Fonte: ClickPB
Créditos: Polêmica Paraíba