Atual número um do ranking do peso-galo (61 kg) Marlon Moraes finalmente vai retornar ao Ultimate, no dia 10 de outubro, quando encara Cory Sandhagen, na luta principal do evento que deve acontecer na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU). Antes de fechar esse duelo, o brasileiro, entretanto, viveu uma série de indefinições. Ele inicialmente enfrentaria Petr Yan, mas com a pandemia de coronavírus e a aposentadoria de Henry Cejudo, até então campeão na época, o brasileiro perdeu a chance de encarar o russo e, posteriormente, atuar pelo cinturão da divisão, sendo substituído por José Aldo.
Apesar de todas essas situações envolvendo seu nome, o atleta não abaixou a cabeça e destacou um lado positivo dessas mudanças de planos. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o lutador natural de Nova Friburgo (RJ) revelou que, contra o americano, vai ter a oportunidade de fazer uma atuação convincente para não deixar dúvidas e poder colocar seu nome como o próximo desafiante ao título da divisão.
“Infelizmente eu perdi a oportunidade (de lutar pelo cinturão), mas não queria ganhá-la sem ter uma grande performance. A luta contra o Aldo eu vejo como uma boa performance, porque ele não é um cara fácil de se vencer, é uma lenda, mas ela foi apertada. Muita gente achou que eu venci, outros que ele venceu. Então eu precisava, depois de vir de uma derrota, de uma grande atuação para carimbar meu passaporte. Não quero nada dado. Quero conquistar. Vamos ver se será nessa próxima. Se não for nessa, lutamos mais uma, sem problema também”, disse, completando.
“Nem sempre a melhor performance é aquela que você entra e nocauteia com 30 segundos. Posso fazer uma atuação de cinco rounds e mostrar que estou pronto. Estou me preparando para chegar lá e ser melhor do que ele nesses cinco rounds”, concluiu.
Com a saída da luta contra Yan, Marlon também se viu em uma posição delicada, já que, naquele momento, era o único atleta do topo da divisão sem luta, o que o complicava na busca de um rival. Atento a essa questão, o brasileiro aprovou encarar o ex-campeão Cody Garbrandt, que em junho desse ano venceu Raphael Assunção e espantou a má fase, pois vinha de três derrotas seguidas. Porém, com o americano optando por descer para o peso-mosca (57 kg), coube a ‘Magic’ alterar novamente seu planejamento.
“Eu queria enfrentar o Cody Garbrandt e foi a luta que o UFC acertou tudo para 10 de outubro, mandou contrato, mas o Cody não respondeu e não disse o que queria. Aconteceu do Deiveson (Figueiredo) lutar e ele (Gabrandt) ligar para o Dana White para falar que queria descer (para o peso-mosca). O UFC gostou da ideia. Eu já estava querendo lutar há muito tempo. Tentei enfrentar todos os caras do top 10, até com o (Dominck) Cruz, que era o número 12. Alguns inventaram desculpas, outros que estavam machucados e acabei ficando sem muita opção. Não tinha ninguém vindo de vitória. O Sandhagen foi o primeiro, é o cara que tem e vou para cima dele”, explicou.
Na última apresentação de Cory Sandhagen, em junho desse ano, o americano foi finalizado de uma maneira rápida por Aljamain Sterling, no UFC 250. Com isso, Marlon apontou que a luta agarrada pode ser uma saída para conseguir a vitória e fugir da maior envergadura do rival, que possui 1,80m de altura, contra 1,68m do brasileiro.
“Ele mostrou que se complicou um pouco nessa área (luta agarrada), até com o Raphael Assunção também. Ele conseguiu derrubá-lo. Mas vou entrar para uma luta de MMA. Sou mais rápido que ele e é não deixá-lo conseguir essa distância, onde ele fica confortável. é tirar o espaço dele. Estou indo com tudo para cima dele, serão cinco rounds e é a oportunidade que estava pedindo para voltar bem”, completou Moraes.
No MMA profissional desde 2007, Marlon Moraes possui 23 vitórias, seis derrotas e um empate em sua carreira. O brasileiro chegou a ser campeão do WSOF antes de migrar para o UFC. No Ultimate desde 2017, o brasileiro soma cinco triunfos e dois reveses. A sua última apresentação foi em dezembro do ano passado, quando derrotou José Aldo, por decisão dos jurados, na edição 245 do show, em Las Vegas (EUA).
Fonte: MSN
Créditos: Polêmica Paraíba