O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (19) que convidará Leonardo DiCaprio a conhecer “como funcionam as cosias” na Amazônia.
Mourão deu as declarações ao participar de um encontro da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia. O vice-presidente comanda o Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Nesta terça, DiCaprio afirmou em uma rede social que o presidente Jair Bolsonaro “duvidou publicamente da gravidade” dos incêndios na região. Afirmou também que há “preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”.
“A Amazônia não é uma coisa única. Existem 22 tipos de floresta diferente aqui dentro, não é uma floresta única. E muito menos é uma planície”, afirmou Mourão.
“Eu gostaria de convidar o nosso mais recente crítico, o nosso ator Leonardo DiCaprio, para ir comigo aqui a São Gabriel da Cachoeira e nós fazermos uma marcha de 8 horas pela selva, entre o aeroporto de São Gabriel e a estrada de Cucuí. E ele vai aprender, em cada socavão que ele tiver que passar, que a Amazônia não é uma planície e aí entenderá melhor como funcionam as coisas nesta imensa região”, acrescentou o vice-presidente.
Alertas de desmatamento
No começo deste mês, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que os alertas de desmatamento na Amazônia aumentaram 34,5% nos últimos 12 meses.
Na ocasião, o Inpe também informou que, na comparação entre julho de 2020 e julho de 2019, houve redução, o que, para Mourão, configurou “tendência de inversão”.
Para o presidente Jair Bolsonaro, o Brasil recebe críticas por desmatamento porque é “potência no agronegócio”. Na opinião do presidente, “história de que a Amazônia arde em fogo é uma mentira”.
‘Floresta não está queimando’
Mourão voltou a criticar o que considera ser desinformação sobre a Amazônia, citando as queimadas. Para o vice-presidente, a floresta “não está queimando”.
“Uma primeira coisa que tem que ficar clara: onde ocorre queimada na Amazônia é naquela área humanizada, a floresta não está queimando. E no entanto a imagem que é passada para o resto do Brasil e para comunidade internacional é que tem fogo na floresta. E não adianta vocês mostrar mapa da Nasa, mostrar o mapa do Inpe que a turma não aceita o dado”, afirmou.
Mourão voltou a dizer que o Brasil sofre pressão da comunidade internacional na área ambiental e afirmou que o país será cobrado por resultados concretos de preservação, proteção e desenvolvimento sustentável.
“Seremos julgados por nossos resultados e não por nossas intenções. E essa é minha maior angústia o tempo. Temos que apresentar resultado”, disse.
Fonte: G1
Créditos: G1