A chapa 2, ‘Inovação com inclusão’, composta por Terezinha Domiciano Dantas Martins e Monica Nóbrega, foi a entrevistada desta semana. As candidatas à reitoria da UFPB, apresentaram suas propostas, deram a opinião sobre a mudança nos votos e falaram sobre a expectativa em relação as eleições em geral, que acontece no dia 26 de agosto.
Questionadas sobre o diferencial da chapa 2, a candidata Terezinha Domiciano, afirmou que a experiência é um diferencial na eleição.
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“A chapa 2, tem no nosso ponto de vista diferenças das duas chapas, a primeira diferença relevante é que tanto eu como minha vice, somos diretoras de centros há 8 anos, além de diretora de centro, passei mais 4 anos como vice-diretora e o que diferencia muito da outra chapa é que nós temos de fato uma experiência acadêmica e financeira, porque nós somos uma unidade gestora.”
Propostas
Sobre as propostas, a candidata pontuou princípios e que serão aplicados na universidade quando assumir a reitoria.
“Nós trabalhamos muito com planejamentos estratégicos focados em bons resultados para a universidade, além do mais todos os nossos eixos e princípios que colocamos na carta programa que vai de governança, de inovação, de inclusão, de diversidade, de sustentabilidade, assistência estudantil, autonomia universitária, transparência, arte e cultura, cidadania, humanização, eles não vão fazer parte como uma ação isolada de um grupo de servidores ou de um centro, sem focar nos demais campis da universidade, a nossa política é irmos para cada eixo desse, uma política de gestão que transite não só em um pilar. Todos os pilares serão valorizados e vamos colocar todos esses princípios na gestão.”
Este ano muitas coisas mudaram nas eleições para retoria, uma dessas mudanças foi em relação ao voto, que não será igualitário entre professores, servidores e alunos. O voto dos professores representará 70% da votação, enquanto técnicos-administrativos e alunos, 15% cada. Em relação a essa decisão as candidatas informaram que foram contra e que pretendem mudar isso caso assumam a gestão.
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“Fomos contra a queda do voto paritário. Participamos ativamente das reuniões, inclusive propomos e argumentamos o contrário. Quando a reitora colocou a proposta para análise do Consuni (Conselho Universitário da Universidade Federal da Paraíba), essa proposta surpreendeu a todos porque nas gestões anteriores da qual ela foi eleita, realmente foi respeitado e agora surpreendentemente, com a mesma legislação foi colocado uma proposta no Consuni exatamente para o voto do docente valer 70%. Reconhecemos o papel de protagonistas que essas categorias de servidores, técnico administrativos e estudantes tem como parte integrante da comunidade universitária, no fazer universitário, em defesa de uma universidade gratuita e de qualidade. Respeitamos a decisão soberana do Consuni, mas nossa proposta é que após eleitas vamos rever essa situação para o fortalecimento dessas categorias e da autonomia universitária.”
Por conta da pandemia, todo o processo de votação será realizada exclusivamente de forma virtual, em relação a essa mudança influenciar a conquista dos votos, a candidata afirmou que pode atrapalhar a conquista de votos.
Na nossa opinião esse processo online, da maneira como ele está agora, atrapalha e dificulta, porque o que nós gostamos mesmo de fazer é estar no dia a dia das pessoas, no cotidiano universitário, conversando no olho a olho, as pessoas nos conhecendo, nós colocando as nossas propostas, ouvindo opiniões diversas, e também contrárias, porque isso é importante para o debate também, vendo os problemas, passando nos setores, vendo as possíveis soluções, emocionando com um monte de coisas boas e interessantes que vários servidores técnico administrativos e docentes fazem pela instituição, as vezes até sem condições. Há um prejuízo muito grande nessa questão aí. O diálogo é o nosso Norte, ele é feito com contatos diários, e é nessa oportunidade que nós temos, que conseguimos aprofundar a democracia, a transparência, além de pensarmos políticas públicas ouvindo outras opiniões.
Histórico
Terezinha Domiciano, é professora Titular do Departamento de Ciência Animal do CCHSA/Campus III/UFPB, com atuação em Cursos de nível Técnico, Superior e Pós-Graduação. Possui graduação em Medicina Veterinária, Mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal da Paraíba e Doutorado em Zootecnia pela
UFRPE/UFPB/UFC. Atuou no movimento estudantil universitário e tem experiência em pesquisa e extensão, na condução de projetos exitosos aprovados por órgãos de fomento. Possui vasta experiência em liderança e gestão administrativa em empresa privada e pública. Na UFPB exerceu funções administrativas de chefe de departamento e
laboratório, assessoria de pesquisa, coordenação de projetos institucionais como o REUNI e PDI para o CCHSA, Vice-Diretora e Diretora do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), Campus III/UFPB por dois mandatos. Menciona-se também, os prêmios de mérito profissional e/ou acadêmico e as condecorações recebidas ao longo dos quase trinta anos da carreira de servidora pública.
Mônica Nóbrega, possui graduação em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (1988), mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1993) e doutorado em Lingüística e Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professora
associada da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Lingüística Aplicada, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise lacaniana, lingüística saussuriana, produção de sentidos, discurso e lingüística saussuriana. É Diretora do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal da Paraíba, desde janeiro de 2013, atualmente no seu segundo mandato.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba