O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou novas diligências no inquérito que apura a prática de desvio de recursos, fraude à licitação e peculato por parte dos investigados da Operação Pés-de-Barro. Um dos pedidos deferidos no inquérito que foi desmembrado é para que sejam analisadas as ligações entre os envolvidos.
O pedido foi protocolado pelo Ministério Público Federal (MPF) em 06 de julho e deferido pelo ministro no último dia 04 de agosto. Conforme a decisão que o Polêmica Paraíba teve acesso, o decano acatou os pedidos para que sejam investigadas as ligações entre o prefeito afastado João Bosco Fernandes e outros investigados.
Os investigadores também buscam identificar as empresas ligadas ao grupos familiares próximo dos envolvidos e deverão realizar perícia em um contrato da empresa Coencro Construções para apurar a possibilidade dos crimes de fraude à concorrência e superfaturamento.
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“Defiro, em termos, o pedido de concessão de prazo para cumprimento das diligências requeridas pelo Ministério Público Federal e por este explicitadas a fls. 27 (itens n. “i” a “iii”). E ncaminhem-se estes autos à Polícia Federal para os fins indicados na promoção da douta Procuradoria-Geral da República (fls. 27)”, escreveu o ministro.
O prefeito afastado João Bosco Fernandes, que estava preso desde o final do ano passado, foi solto em 9 de julho, após pagamento de fiança de R$ 522 mil.
O inquérito principal, em tramitação no STF, apura desvios de recursos públicos destinados à construção da Adutora Capivara, localizada no município de Uiraúna. A informação sobre o desmembramento da investigação foi veiculada no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, no dia 10 de julho.
Pés-de-Barro
A Operação Pés-de Barro investiga desvios de recursos públicos destinados à construção da Adutora Capivara, localizada no município paraibano. As investigações revelaram que, entre outubro de 2018 e novembro de 2019, a empresa responsável pelas obras,recebeu dos cofres públicos R$ 14,7 milhões e, em decorrência da ação criminosa, desviou recursos desse montante aos envolvidos. Agora, as investigações ganham uma nova fase.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
