Medidas como conscientização da comunidade escolar e adequação das unidades estão entre as ações
Com a retomada gradual das atividades em meio a uma pandemia, instituições de ensino também se preparam para receber os alunos à medida que recebem autorização para o retorno. No entanto, as aulas presenciais permanecem sem uma definição mais clara. Até o momento, somente o Amazonas e o Maranhão retomaram as atividades escolares, conforme aponta o monitoramento diário da Federação Nacional de Escolas Particulares (FENEP).
Para algumas instituições, as aulas EAD não alcançam determinados perfis de alunos, principalmente quem cursa ensino técnico, como é o caso da Esfera Formação Profissional, em Duque de Caxias (RJ), que oferece, ainda, Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Para o diretor da instituição, Júlio César Rocha, por se tratar de alunos adultos, a retomada das atividades presenciais já é viável. “O adulto já é mais autônomo em suas iniciativas. O adulto, por si só, já busca praticar o protocolo em restaurantes, na academia, na igreja. O adulto é outra história. Ele tem uma condição melhor em se adequar às necessidades do ambiente”, opina Júlio.
Segundo o diretor, a paralisação prolongada prejudica ainda mais a dinâmica de formações que requerem a realização de atividades em sala de aula. “O sujeito que precisa aprender a limpar um ar-condicionado, a fazer uma instalação de um medidor, a fazer uma aferição de motor. Ele vai aprender isso com vídeo ou dentro da oficina? É evidente que dentro da oficina”, argumenta.
Desde março, a unidade tem se preparado para o retorno das aulas, quando achava que era algo que aconteceria com brevidade. Seguindo os protocolos de biossegurança, como uso de máscara, instalação de suporte com álcool em gel pela unidade, higienização e dedetização com frequência, orientação para o distanciamento entre alunos e funcionários dentro da instituição, Júlio acredita que o estabelecimento já tem plenas condições para a retomada. “Está tudo pronto. É uma questão apenas de últimos ajustes”, conclui ele.
Com mais de 65 anos de tradição, o Colégio Batista Americano, em Volta Redonda (RJ), vive o momento de expectativa com serenidade, seja para a manutenção por mais algum tempo das aulas remotas ou para um possível retorno das aulas presenciais.
“Nós temos pensando que esse retorno seja em um momento essencial e não somente importante. Porque a pandemia só reforçou para nós que a vida deve ser cercada de algo que é essencial. E o que é essencial passou a ser vital nesse momento, mas o que é importante nem sempre é o que vai perdurar para a vida toda. Nós temos um princípio que norteia a escola que é o amor a Deus e ao próximo”, comenta a pedagoga Roberta Barros, Diretora-geral da instituição há seis anos.
Atendendo a mais de 500 alunos, da creche ao pós-médio, com ensino técnico e formação de professores, a instituição há alguns meses tem investido em duas frentes no que diz respeito ao combate ao coronavírus.
A escola adaptou um protocolo personalizado. As salas estão sendo arejadas, o sistema de entrada foi ampliado em um conceito mais aberto para evitar aglomeração. Termômetro, tapetes com sistema sanitário e a sinalização no interior da escola também foram outras medidas adotadas.
Na unidade, há uma profissional de saúde dedicada a realizar o trabalho de orientação, além de conferir toda a readequação para as normas sanitárias recomendadas na pandemia. Para um possível futuro retorno, a diretora reforça que será um feito de maneira consciente, segura, ajustada e em momento que seja essencial.
“Tudo isso com a inclusão de toda a comunidade escolar. Do porteiro, passando pelo professor até os pais. Eu tenho que trazer esse pai para participar porque ele precisa entender como as crianças deverão ser trazidas para a escola. Sem febre, por exemplo. São os pais que devem primeiro fazem essa observação da saúde dos filhos”, conclui a diretora.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba