Três policiais militares morreram após serem atingidos por tiros disparados por um homem que se identificou falsamente como policial civil na madrugada de sábado (8). O suspeito também foi atingido e morreu.
De acordo com polícia, os suspeitos tinham saído de uma festa e abordaram uma moto na Avenida Politécnica, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 5h. Os PMs viram a cena e abordaram a moto e o carro com dois ocupantes. Um deles, Cauê Doretto de Assis, de 24 anos, disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.
Enquanto os PMs checavam se Cauê era mesmo policial civil, ele sacou uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.
O acompanhante de Cauê que também estava no carro e único sobrevivente do tiroteio, Vitor Mendonça, foi levado para a delegacia para prestar depoimento oficialmente como detido e suspeito. As investigações vão determinar se ele também agiu ou se passará a ser testemunha do caso. Ele disse que a abordagem policial acontecia normalmente, mas que Cauê se exaltou. Ele admitiu que ingeriram álcool, mas não explicou porque eles abordaram a moto.
“Ele surtou, surtou, eu não entendi nada do que aconteceu, juro por Deus”, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que Cauê não era policial civil e que a carteira profissional usada por ele é falsa.
Ele fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido ao Pronto Socorro do Hospital Regional de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O falso policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido, passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu por volta de 7h40. O outro ocupante do carro foi detido. Foram quatro mortes no total, três policiais militares e o falso policial civil.
A ocorrência foi encaminhada ao 91º. DP. O caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A Polícia Militar divulgou uma nota de pesar, lamentando a morte dos três policiais militares. O soldado Celso Ferreira de Menezes Júnior tinha 33 anos e estava na corporação há mais de 10 anos.
O soldado Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos, e deixa uma esposa que está grávida.
O sargento José Valdir De Oliveira Júnior tinha 37 anos e deixa uma filha e a esposa que está grávida de gêmeos.
Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), o número de ocorrências envolvendo policiais aumentou no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. As polícias civil e militar mataram 514 pessoas de janeiro a junho. Nesse mesmo período, 28 policiais foram mortos no estado.
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