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Léo Moura ficou fora de mais de 50% das partidas desde que chegou ao Botafogo-PB

Léo Moura foi anunciado, esperado e recebido com muita festa no Botafogo-PB. Também pudera. Uma das maiores contratações da história do futebol da Paraíba estava prestes a continuar escrevendo também os últimos recortes de sua vitoriosa trajetória profissional. Esses episódios marcantes, no entanto, ainda estão em falta para com o torcedor alvinegro da estrela vermelha. Acontece que, desde que foi regularizado no BID da CBF, no dia 31 de janeiro, o lateral-direito só ficou disponível em 41,17% das partidas do time na temporada. Traduzindo de forma mais objetiva: dos 17 jogos que o Belo disputou desde que Léo chegou ao clube, apenas em sete o experiente jogador esteve em campo.

Léo Moura não foi a campo em nenhum dos quatro jogos disputados pelo Botafogo-PB após a retomada das competições em meio à pandemia do novo coronavírus. Acometido de uma lombalgia, o jogador ficou fora das partidas contra Campinense e Sousa, pelo Campeonato Paraibano, e também não viajou com a delegação botafoguense para a Bahia, onde o time disputou seus dois últimos jogos pela Copa do Nordeste. Por lá, o Belo garantiu a classificação para as quartas de final ao empatar em 1 a 1 com o Vitória e, posteriormente, foi eliminado pelo Bahia em um duelo cheio de polêmicas, que terminou em 3 a 1 para o Tricolor de Aço.

Sem Léo Moura, o Botafogo-PB vem jogando com os meias Juninho e Erivélton praticamente fazendo um revezamento no setor, já que, desde as saídas de Neílson e Israel, que não tiveram os seus contratos renovados, o clube ainda não contratou ninguém para repor essa recorrente lacuna.

Finalizado o confronto frente ao Bahia, realizado no último sábado, o Botafogo-PB fechou 1.530 minutos em ação desde a chegada do Léo Moura. Durante todo esse tempo, o lateral-direito só colaborou com o seu futebol em prol do time alvinegro em 630 minutos.

Um detalhe importante é que Léo Moura, que tem 42 anos, ainda não conseguiu engatar uma sequência de boas apresentações pelo Botafogo-PB. Um exemplo que justifica a sua fraca performance é que em apenas duas oportunidades o atleta conseguiu entrar em campo por dois jogos consecutivos. O desempenho técnico, sempre muito notado por onde passou, é outro fator que inspira ansiedade nos botafoguenses.

Muitas vezes protagonista no Flamengo, ao longo dos 10 anos em que esteve na Gávea, o jogador esteve bem longe de ser peça principal de alguma das partidas em que defendeu o Belo em quase sete meses de clube. Tanto que, das sete vezes em que atuou, o lateral-direito deu apenas uma assistência (por sinal, muito despretensiosa), mostrou pouco do seu repertório de investidas ofensivas e ainda não conseguiu balançar as redes em prol de sua equipe.

Vindo do Grêmio, onde foi campeão da Libertadores em 2017 e por onde jogou a Série A do Brasileiro no ano passado, Léo Moura chegou ao Botafogo-PB através de uma negociação intermediada por Warley, gerente de futebol e auxiliar técnico do clube, que apresentou o Belo ao experiente atleta e o viu sinalizar um desejo de voltar a morar no Nordeste, onde residiu em 2016, quando defendeu o Santa Cruz. Entre o dia 21 de janeiro, data do primeiro contato – ainda em sigilo -, e o dia 27, quando o contrato foi fechado, muitas expectativas foram criadas. Dentro de campo, porém, o camisa 88 do Alvinegro da Estrela Vermelha ainda deve uma resposta convincente à mesma medida da força-tarefa imposta pelo clube por sua vinda.

 

 

 

Fonte: Globo Esporte
Créditos: Polêmica Paraíba