aquecido e propenso a crescer ainda mais

EM ASCENSÃO: mercado imobiliário consegue driblar a crise e se mantêm estável em meio a pandemia

O mercado imobiliário, como qualquer outro setor, sofreu com a expectativa de queda no desempenho, com a incerteza e insegurança dos acontecimentos, em razão da pandemia do novo coronavírus. Entretanto, tem apresentado resultados positivos durante os meses de isolamento social. De acordo com o corretor de imóveis, Lúcio Trindade, as pessoas estão mais tempo dentro de casa, também ganharam mais tempo para procurar um imóvel, e com isso entenderam que morar bem é importante.

Em um levantamento feito pelo Raio-X Fipe Zap, realizado com dados do primeiro trimestre deste ano, apontava para uma expectativa de queda nominal de 5,6% no preço dos imóveis ao longo dos próximos 12 meses, em contraponto à alta nominal de 0,9% esperada pelos agentes do mercado no último trimestre de 2019. “Essa mudança no perfil das expectativas pode ser atribuída, em boa medida, aos impactos e incertezas decorrentes do avanço da Covid-19”, dizia o relatório.

No entanto, foi observado que nos meses seguintes houve um aumento nas vendas que surpreendeu o setor. O Índice FipeZap apresentou alta nominal de 0,23% do preço médio de venda em maio, superando as variações observadas em abril (0,20%) e em março (0,18%).

Lúcio Trindade que atua há mais de 6 anos no mercado imobiliário, afirma que outro fator, que também contribuiu para que o mercado aquecesse, é que os investimentos financeiros e aplicações estão com juros muito baixos. A taxa básica de juros (Selic) no patamar mais baixo da história (2,25% ao ano), somada a uma nova demanda por imóveis mais espaçosos criada pelo confinamento ajudaram a impulsionar as vendas, que já ocorrem de forma 100% digital. “Os atendimentos estão muito fortes no digital, por conta das medidas de distanciamento, então a tecnologia ajudou bastante no contato com o cliente.”disse.

“Então, que tem dinheiro guardado, não está ganhando mais nada com dinheiro na poupança, aplicações CDB, renda fixa, variável, enfim. Esse momento da pandemia, junto com essas forças citadas, as pessoas investiram em aumentar o tamanho do apartamento, valorizando a questão do tempo do imóvel.”, disse Lúcio.

Lúcio afirma que houve um aumento muito grande nas vendas e a queda na taxa de juros, contribuiu muito pra isso. “O banco baixou muito a taxa de  juros, e isso fomentou o mercado. A Caixa Econômica além de baixar a taxa, ela está dando prazo de carência para as pessoas começarem a pagar, então isso foi um grande incentivo . Os bancos estão muito disponíveis a fazer negócio e fomentando mercado.”, completou.

Segundo Lúcio, o valor do imóvel se manteve estável, mesmo o setor imobiliário não estando preparando pra um momento como esse, porém conseguiram se sair muito bem neste momento. , da mesma maneira que aconteceu em outras crises.

O corretor de imóveis relata também o grande aumento no número de prédios em lançamento em João Pessoa e que a expectativa para o pós-pandemia é uma das melhores. “A expectativa do pós-pandemia é a melhor possível. Acredito que vamos continuar com esse momento ascensão no mercado imobiliário. Para se ter uma ideia, João Pessoa hoje, em relação a 2016 e 2017 quintuplicou a quantidade de prédios em lançamento. Então a expectativa é boa. A construção civil é uma indústria de médio e longo prazo. e quando é decidido construir um prédio, é u investimento de médio e longo prazo, mas que tem um ótimo retorno.”, concluiu.

 

 

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos