Na carta que irá entregar à Câmara Municipal de Bayeux para oficializar a renúncia ao cargo, o prefeito afastado Berg Lima fala em perseguição política sofrida por vereadores da cidade e relembra a prisão após operação do Ministério Público da Paraíba. No texto, ele se refere ao episódio como “um dos mais difíceis da vida”. O prefeito afastado tentou formalizar hoje a renúncia, mas teria chegado após o fim do expediente na Casa.
“No entanto, imperioso destacar, por ser fato público e notório, as desmedidas perseguições que fui obrigado e me submeter durante toda nossa gestão, foram inúmeras e incontáveis, das mais vis possíveis, muitas perpetradas por vereadores de oposição”, diz no texto que será entregue à Mesa Diretora.
Berg Lima se refere ao flagrante da prisão como “armação política digno de um roteiro de filme, no qual fui segredado, após um ato vil de políticos que se diziam da minha base”, escreveu. No documento, o prefeito afastado ainda cita ações que segundo ele foram realizadas à frente da prefeitura da cidade. (LEIA ABAIXO).
Berg Lima está afastado do cargo desde o dia 20 de maio, quando o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) recebeu, durante sessão por videoconferência, a denúncia do Ministério Público (MPPB) estadual contra ele, que é acusado de desviar ou apropriar-se de rendas públicas em proveito próprio ou de terceiros.
Com o afastamento, quem assumiu o comando da cidade foi o então presidente da Câmara, Jeferson Kita. Com a efetivação da renúncia, o município deve passar por eleições indiretas para eleição de um novo prefeito, que deve gerir a cidade até o fim do ano, quando termina o atual mandato.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba