“nós vamos proteger”

Trump usa imagem do Cristo Redentor em campanha para reeleição

A publicidade apareceu majoritariamente para usuários na Flórida e no Texas --dois estados que vivem um importante crescimento de casos da Covid-19 e que têm grande número de eleitores latinos

A campanha de Donald Trump para a reeleição à Presidência americana usa desde sexta-feira (3) uma imagem da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em postagens no Facebook e no Instagram.

Na postagem está escrito que será enviada ao presidente uma “lista com todos os americanos que assinarem seus nomes”. Depois disso, aparece a imagem do Cristo acompanhada da frase “nós vamos proteger”. O anúncio rendeu cerca de 5 mil impressões, ao longo do fim de semana.

A publicidade apareceu majoritariamente para usuários na Flórida e no Texas –dois estados que vivem um importante crescimento de casos da Covid-19 e que têm grande número de eleitores latinos. Juntas, essas duas regiões do sul do país somam 20% das visualizações do anúncio com o monumento brasileiro.

A maior parte da audiência foi composta por pessoas acima dos 45 anos e por mulheres. Desde maio, a campanha de Trump já investiu US$ 48 milhões em publicidade na maior plataforma de mídias sociais do mundo.

A escolha de um monumento para ilustrar a campanha ocorre em um momento em que o presidente americano vem discursando contra manifestantes que demoliram ou vandalizaram estátuas, desde o início do movimento civil contra o racismo e a brutalidade policial no país, há mais de um mês.

Símbolos e nomes de figuras históricas associadas com a defesa da escravidão –e não figuras religiosas– têm gerado protestos.

Desde o início de julho, o Facebook é alvo de um boicote de anunciantes internacionais que querem pressionar a plataforma a controlar o discurso de ódio online. Centenas de grandes marcas, principalmente nos EUA, suspenderam a publicidade na plataforma para exigir que a empresa americana tome medidas contra a presença de conteúdo ofensivo.

 

 

Fonte: CNN Brasil
Créditos: CNN Brasil