Decotelli afirmou que Bolsonaro queria mantê-lo no cargo apesar dos questionamentos a seu doutorado na Universidade de Rosario e ao mestrado na própria FGV. “Uma série de acusações que eram coisas infundadas, que nem havia tempo para explicar.”
“Eu expliquei ao presidente. Ele falou: ‘Olha, todas essas questões curriculares não me interessam, o que me interessa é o caráter e o olho no olho. Confio em você, você vai ser meu ministro da Educação. Esqueça isso’”, afirmou Decotelli.
“Estávamos certos dessa questão até anteontem, quando a Fundação Getúlio Vargas fez uma covardia impensável de jogar uma notícia na imprensa de que eu nunca havia sido professor da FGV. Isso destruiu toda a parte que havia sido negociada. O presidente disse: ‘Decotelli, que pancada que nós recebemos. A FGV que você diz que foi professor tanto tempo está publicando aqui que você nunca foi professor’. Eu disse: ‘Presidente, eu tenho os documentos todos aqui. Eu sou professor desde 1986. Sou professor de MBA’“, relatou. “Quando alguém de dentro de casa, do nosso Brasil, tenta desconstruir, isso se tornou uma situação de pressão de questionamentos que veio a se tornar insuportável. Por essa razão, entreguei a carta ao presidente. É vida que segue. Estou recolhido. Rompi definitivamente qualquer compromisso com a FGV pela covardia moral do que fizeram”, afirmou.
Decotelli afirmou que Bolsonaro estava disposto a mantê-lo no cargo mesmo depois da nota da FGV, mas ele preferiu sair. “Disse a ele: ‘Capitão, eu não vou deixá-lo sangrando’”.
Fonte: Poder360
Créditos: Poder360