A primeira foi uma turista australiana. Chloë Florence a conheceu pelo Tinder, e as duas marcaram um encontro. Rolou um clima e a dupla acabou num hostel em Londres (Inglaterra). Mais do que a experiência sexual, Chloë conseguiu um abrigo.
A britânica adotou o mesmo expediente por sete anos. Sem-teto, ela se acostumou a usar o aplicativo para conhecer outras mulheres e ter onde passar a noite.
Quando a investida no Tinder não funcionava, Chloë dormia no transporte público londrino, hospedava-se numa lanchonete 24 horas ou varava a noite “penetrando” em alguma rave ou outro evento que acabasse bem tarde.
“Eu estava apenas vivendo minha vida, sobrevivendo de um encontro difícil a outro no Tinder”, escreveu ela em artigo publicado no “Metro”. “Isso melhorou a minha autoestima e, a cada encontro que dava certo, eu tinha um lugar seguro para dormir”, acrescentou a britânica.
Na maior parte da vezes, Chloë não contou que passava dificuldades e que vivia nas ruas.
“A maioria dos meus contatos não sabia da minha situação e me ajudou sem ter consciência. Com fotos no Instagram, eu me fazia de garota festeira. Eu me tornei a mestre do disfarce”, comentou ela.
Durante o dia, Chloë passava o dia em shoppings, furtando roupas, pegando amostras grátis de produtos e se banhando em banheiros públicos. Agora, com ajuda da entidade LGBTQ+ Stonewall Housing, a britânica conseguiu finalmente uma casa, pouco antes de se iniciar a quarentena na Inglaterra, e está estrelando uma performance poética contando a sua saga e que mistura poesia e política.
Fonte: Extra
Créditos: Extra