O projeto de extensão Repórter Junino, do curso de jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), produziu cinco documentários feitos por alunos sobre o São João de Campina Grande, no Agreste da Paraíba. A série documental “São João: Digitais do Povo Nordestino” mostra a tradição da festa nos mais variados aspectos. O primeiro documentário foi lançado na manhã desta segunda-feira (29) nos canais do projeto.
O primeiro documentário lançado, “São João de Adon – Museu Vivo do Nordeste”, foi dirigido pelo aluno Yago Paolo. Segundo Yago, a produção faz um paralelo entre o Maior São João do Mundo e os festejos mais tradicionais e é abordado na narrativa pelo professor Adoniran na intenção de que haja um diálogo entre os dois modelos tão distintos.
“Em meio à pandemia, o São João de Adon não pôde ser realizado neste ano, mas rever as imagens do ano passado nos proporcionou expectativa e esperança para que possamos aproveitar a festa novamente no próximo ano”, disse.
Durante as duas próximas semanas serão exibidos mais quatro produções, fruto de trabalho da equipe de audiovisual coordenada pelo cineasta e professor Kleyton Canuto. À TV Cabo Branco, o professor informou que “serão abordadas as temáticas do São João de bairro, na zona rural, a festa com outros ritmos além do forró, o São João com a matriz africana e a identidade de gênero dentro da festa”.
A equipe de produção audiovisual é formada por 15 alunos, que prepararam roteiros e desbravaram os lugares e contextos para produzir os documentários com as temáticas de São João de bairro, São João na roça tradicional, São João e identidade de gênero nas quadrilhas, São João alternativo e São João na cultura de terreiro (festa de xangô).
Os documentários foram gravados entre junho e julho de 2019, na zona urbana e rural de Campina Grande. Segundo o projeto, eles abordam a diversidade das manifestações culturais. A produção decidiu fazer o lançamento da série documental em junho para que todos possam reviver as imagens da festa e conhecer um pouco mais sobre as comidas típicas, dos ritmos e das manifestações genuínas dentro e fora do Parque do Povo.
De acordo com o cineasta e professor de jornalismo da UEPB, Kleyton Canuto, a equipe buscou compreender as potencialidades do São João, as manifestações mais próximas do povo como a questão religiosa, a questão de identidade, que estão na festa, mas que não são abordadas pela lógica midiática tradicional.
O projeto Repórter Junino comemora 15 anos em 2020 como um laboratório de experiências para os alunos do curso de jornalismo, da UEPB e do curso de educomunicação da UFCG, que participa do projeto desde 2012 como parceiro. Os alunos participantes realizam a cobertura do São João através da produção textual, fotográfica, audiovisual e com a gestão de redes sociais.
Fonte: G1 PB
Créditos: Polêmica Paraíba