Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, falou sobre a rápida saída Abraham Weintraub do país, ele afirmou que esse é o primeiro caso de uma pessoa que diz ser perseguida, mas conta com o apoio com o governo. As declarações foram dadas nesta terça-feira (23), em entrevista antes da sessão realizada para votar o projeto que muda o código de trânsito brasileiro.
Weintraub viajou na sexta-feira (19) para Miami e já se encontrava nos EUA na manhã de sábado (20), horas antes de a exoneração ser oficializada no Diário Oficial da União. Nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retificou a data de demissão do ex-ministro e estabeleceu que a exoneração passou a valer na sexta-feira.
Maia questionou o porquê da saída rápida do ex-ministro. “Eu não entendi por que…ele tava fugindo de alguém? Estranho, não é? Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo, né?”, disse. “Geralmente é o contrário. As pessoas fogem porque estão sendo perseguidas por um governo.”
O deputado qualificou a saída de Weintraub de “meio atabalhoada” e afirmou não fazer sentido. “Ninguém está sentindo falta dele no Ministério da Educação. Ninguém queria que ele ficasse no Brasil de qualquer jeito, porque, de fato, é uma pessoa que mais atrapalhou do que ajudou.”
Maia ironizou o que viu como “necessidade” de “criar um ambiente para ele sair correndo do Brasil”.
Segundo o presidente da Câmara, como Weintraub foi indicado para uma diretoria do Banco Mundial, “certamente teria autorização dos Estados Unidos para entrar no país”.
A ida às pressas de Weintraub aos EUA antes mesmo de oficializada a sua demissão levantou dúvidas sobre como ele entrou em território americano e como vai permanecer no país com as restrições impostas a passageiros que chegam do Brasil em meio à pandemia do coronavírus.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Com Folha de S.Paulo