A bolsonarista Sara Winter, líder do grupo “300 do Brasil” presa na segunda-feira (15) pela Polícia Federal, disse ter nível superior em currículo entregue ao governo federal para ocupar cargo no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. No entanto, a Uninter, faculdade onde diz ter se formado, informou que ela não concluiu o curso. As informações são do Uol.
No currículo, ao qual o Uol teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação, Sara informou ter graduação em relações internacionais pela Uninter, em 2019, que tem sede em Curitiba. Ela também diz ter feito três cursos de extensão, no ano de 2017, na mesma universidade: assessoria em marketing pessoal para candidatos, crimes na administração pública e processos eleitorais.
Segundo a reportagem, o documento foi apresentado pela ativista ao ministério em maio do ano passado. Sara foi nomeada para o cargo de coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade do Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, no dia 24 de maio de 2019. Ela trabalhou por cerca de cinco meses no governo.
Procurada pelo Uol, a Uninter afirmou que “a aluna Sara Fernanda Giromini está concluinte somente no curso 2017/02 assessoria em marketing pessoal e político para candidatos (distância Uninter) em 22/03/2017”. Segundo a faculdade, os demais cursos citados no currículo de Sara “estão com status ativo ” e “em andamento”.
De acordo com o ministério, Sara foi exonerada da função a pedido no dia 21 de outubro de 2019. Em nota ao Uol, a pasta informou que “a referida ex-servidora apresentou toda a documentação que comprovava sua aptidão para o cargo”.
A reportagem do Uol questionou o ministério sobre a informação da Uninter de que Sara não conclui o ensino superior, a pasta respondeu que “estava verificando junto à área técnica” e não retornou mais. A defesa da ativista disse que não iria se pronunciar sobre o assunto.
Fonte: IstoÉ
Créditos: IstoÉ