Em manifestação à 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), o procurador da República Sérgio Pinel afirma, pela primeira vez, que foram encontrados “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
No documento, Pinel pede que o caso seja transferido para o Ministério Público do Rio (MP-RJ) por entender que os supostos ilícitos encontrados não se configuram em crimes federais, segundo informações de Chico Otavio e Juliana Dal Piva no jornal O Globo nesta terça-feira (16).
É a primeira manifestação de um membro do MPF sobre as acusações envolvendo a evolução patrimonial de Flávio, que adquiriu 19 imóveis desde 2003 — quando assumiu o primeiro mandato.
Para o procurador, “as circunstâncias em que as compras (imóveis) foram feitas sugerem que os registros do valor de compra foram subavaliados, com parte do valor sendo pago por fora, em típico modus operandi de quem pretende ocultar a proveniência ilícita dos recursos e os converter em ativos lícitos com uma valorização irreal dos bens comprados”.
Pinel propôs o envio do caso ao MP-RJ por não enxergar no caso crimes de evasão de divisas ou de envolvimento de pessoas jurídicas com sede no exterior, que seriam de competência federal. Composta de três membros titulares e três suplentes, a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão concordou no início do mês com o pedido de Pinel, transferindo o caso para a esfera estadual.
Fonte: Fórum
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