“No mês de junho tem o Deus por testemunho, com meu violão em punho, vou fazer meu São João.” Os versos da música São João na estrada, gravada pela paraibana Elba ramalho, ganham outra dimensão neste ano.
Chegou o mês mais esperado pelos amantes do São João e já é possível ver nas feiras a montanha do principal ingrediente do cardápio junino, o milho, as bandeirolas enfeitando os lares e o típico forrozinho tocando por aí, tudo se preparando para receber as festas juninas.
2020 é um ano diferente, o Covid-19, trouxe consigo o isolamento social, fazendo com que tudo seja reinventado. A grave crise provocada pelas medidas de combate ao vírus, afeta diretamente a manifestação cultural típica do Nordeste, a festa que dura o mês inteiro em Campina Grande e contribui para a renda da população, teve uma queda brusca na economia local. Mas nós, como afirma a ciência, somos seres adaptáveis, e não poderíamos deixar uma festa tão típica, tão nossa, sem ser comemorada.
Esse ano não tem o forró colado porque a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é ficar a um metro de distância. Não terá fogueira, pois a Secretaria do Meio Ambiente, afirmou que a fumaça pode contribuir para o agravamento dos problemas respiratórios causados pela Covid-19.
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A aglomeração do maior São João do Mundo, em Campina Grande, será substituída por shows virtuais com transmissão direto da Vila Sítio São João, local que tradicionalmente, no mês de junho, é tomado por turistas de várias partes do mundo. As lives vão ajudar instituições de caridade, músicos e trabalhadores informais da cidade, que sofrem com a redução do lucro junino. E nós vamos enfeitar a sala, preparar os celulares para reunir os amigos e a família em vídeo chamada e acompanhar tudo do nosso camarote dos últimos meses, nossa casa!
Junho está sendo um mês atípico principalmente para nós que somos nordestinos, o Covid-19 está marcando nossa geração e irá redesenhar como vamos viver daqui a diante, o que nos resta é acreditar e ter esperança em dias melhores.
Fonte: Larissa Freitas
Créditos: Larissa Freitas
