Pesquisadores do estudo publicado no último dia 22 de maio na revista The Lancet com mais de 96 mil pacientes internados, considerado como ‘o maior’ já realizado sobre o uso da hidroxicloroquina em pacientes com o novo coronavírus, recuaram e pediram para retirar o estudo de circulação.
A pesquisa dizia que o remédio, mesmo quando associados a outros antibióticos, aumenta o risco de morte e de arritmia cardíaca nos infectados pela covid-19, mas os dados da pesquisa não se mostraram verdadeiros posteriomente.
Os resultados da pesquisa haviam motivado a suspensão de testes com a droga realizados pela Organização Mundial de Saúde, mas a entidade anunciou a retomada dos estudos com a substância após verificar a fragilidade do estudo.
A revista Lancet havia divulgado, ainda na terça-feira (02), um “manifesto de preocupação” a respeito do estudo. Os pesquisadores que realizaram o estudo se manifestaram publicamente e confirmaram que não tiveram condições de verificar a fidelidade dos dados apresentados.
Ontem, o jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem levantando suspeitas sobre a empresa que disponibilizou os dados para o estudo, a Surgisphere Corporation. O jornal apontou que ela tinha em sua equipe um escritor de ficção científica e um “modelo de conteúdo adulto” e que os dados apresentados não batiam com a realidade de alguns hospitais, como da Austrália, por exemplo.
“Todos nós entramos nessa colaboração para contribuir de boa fé e em um momento de grande necessidade durante a pandemia de covid-19. Lamentamos profundamente a vocês, editores e leitores da revista por qualquer constrangimento ou inconveniência que isso possa ter causado”, disseram os autores da pesquisa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba