Membros da oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reagiram às acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho de que a Polícia Federal (PF) avisou Flávio Bolsonaro de que uma nova operação que seria deflagrada teria ele como um dos alvos. Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo , Marinho, que hoje é suplente de Flávio no Senado, disse que o objetivo do aviso foi evitar que a operação prejudicasse a campanha presidencial de Bolsonaro em 2018.
Em um vídeo publicado no Facebook, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), que também é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) afirmou que “se comprovadas as denúncias, o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] pode anular as eleições de 2018. Ele pode cassar a chapa Jair Bolsonaro e Mourão para que tenha novas eleições ainda em 2020”.
O parlamentar também usou sua conta no Twitter para se manifestar e escreveu que a “denúncia se trata de uma clara interferência da PF do Rio no pleito”.
O ponto mais grave dessa denúncia é o fato de que o Delegado segurou a operação para que ela não acontecesse durante as eleições e não prejudicasse a candidatura de Bolsonaro.
— Kim Kataguiri (@kimpkat) May 17, 2020
O ex-ministro Fernando Haddad (PT-SP), que foi adversário de Bolsonaro em 2018 e chegou a disputar o segundo turno com ele, foi outro que foi ao Twitter comentar o caso. “Conforme suspeita, suplente de Flavio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° é o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama FRAUDE!”, escreveu o petista.
Conforme suspeita, suplente de Flavio Bolsonaro confirma que PF alertou-o, entre o 1° é o 2° turno, de que Queiroz seria alvo de operação, que foi postergada para evitar desgaste ao clã durante as eleições. Isso se chama FRAUDE! https://t.co/1zC4UT1aLd
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) May 17, 2020
As críticas também da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que cobrou investigações das denúncias e disse que “só não descobre quem não quer”, sugerindo que Flávio Bolsonaro é um “criminoso”. Joice também foi uma das principais apoiadoras de Bolsonaro e foi eleita na esteira do bolsonarismo. Hoje, porém, é rompida com o governo federal.
Avisou o criminoso e seu bando. Antecipou as informações para três pessoas, debaixo de uma marquise em frente à delegacia no RJ…que tal câmeras de segurança do local??? Só não descobre quem não quer #ficaadica https://t.co/K2U5qha057
— Joice Hasselmann (@joicehasselmann) May 17, 2020
O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que também era aliado e se tornou um desafeto do presidente, usou a rede social para dizer que considera, inclusive, a possibilidade de um processo de impeachment para tirar Bolsonaro do cargo.
Eu pouco me importo como vamos tirar esse lixo de lá. Se vai ser no impeachement se com processo de crime, se vai ser Moro/Doria/Ciro Amoedo/Boulos/Lula/JWagner/Huck/Anitta/com manifestação ou sem/com Maia sem Maia/se vai ser esquerda/Direita/Coalizão/renuncia/ importante é sair. pic.twitter.com/0kCwedkNcx
— Alexandre Frota 77 (@alefrota77) May 17, 2020
Fonte: IG
Créditos: IG