A legalização da maconha medicinal é um dos assuntos mais polêmicos do campo da saúde. Proibido em diversos países, legalizado em vários outros, a venda de medicamentos à base da planta foi regularizada recentemente no Brasil. Parte dessa regularização é responsabilidade de instituições paraibanas, que são referência nacional nos estudos da cannabis e dos seus efeitos benéficos no organismo.
A maior delas é a ABRACE (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança). A associação é a primeira e única instituição a ter permissão para plantar maconha e produzir óleos medicinais em todo o território nacional. Atualmente, mais de 2.500 pacientes são beneficiados pelos remédios da ABRACE.
A Associação surgiu de maneira ilegal, produzindo os medicamentos e fornecendo para diversas famílias necessitadas. Como o processo de importação dos produtos era muito burocrático e caro, várias pessoas apelavam para a ABRACE. Em 2017 a instituição foi regularizada e passou a atuar dentro da lei. A justiça concedeu a liminar considerando o número de pessoas que a associação impactou positivamente.
Hoje em dia, a ABRACE realiza estudos avançados sobre os benefícios da cannabis, juntamente com a Universidade Federal da Paraíba. Eles testam, inclusive, a eficácia dos medicamentos na luta contra o coronavírus.
Outra instituição paraibana pioneira no assunto no Brasil é a Liga Canábica, um grupo de pacientes com doenças que podem ser amenizadas com o uso da cannabis medicinal. Eles conseguiram em 2014, quando as discussões sobre o tema ainda engatinhavam no país, uma liberação judicial para importar coletivamente medicamentos à base de maconha, o que foi um grande precedente para a liberação geral da importação.
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A UFPB também está na linha de frente desse debate. Ano passado, a Universidade aprovou a criação da disciplina “Sistema endocanabinoide e perspectivas terapêuticas da Cannabis sativa e seus derivados”, oferecida aos cursos de Biomedicina, Farmácia e Medicina.
São duas as substâncias presentes na planta que trazem benefícios para a saúde: o CBD e o THC. Cada uma delas tem características diferentes e são usadas no tratamento de doenças distintas. A mais conhecida medicinalmente é o CBD, usado no tratamento para asma, transtorno do espectro autista, mal de Parkinson, entre outras doenças. Ela é ingerida através de um óleo, cujas informações você pode encontrar nessa página.
Considerando o número de pacientes nas filas de espera para liberação dos medicamentos, todos esses estudos realizados no estado podem ter um grande impacto em todo o país. Cerca de 13 milhões de brasileiros serão beneficiados pela liberação da venda dos óleos medicinais. Com isso, a tendência é que os estudos e as instituições paraibanas continuem avançando e se tornem cada vez mais importantes para o panorama da saúde pública nacional.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
