Aliados próximos a Sergio Moro disseram ao UOL que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (sem partido) está disposto a depor na CPMI que investiga a propagação de fake news no Congresso Nacional.
A expectativa pela confirmação é grande dentro do grupo. Moro deverá não só encarar as críticas de parlamentares fiéis ao presidente, como também de integrantes da oposição e do próprio presidente da CPMI, o senador Angelo Coronel (PSD-BA).
Ontem, o presidente da comissão disse ao UOL que Moro prevaricou ao não denunciar o presidente. O ex-ministro contou que Bolsonaro pediu para ter acesso a inquéritos sigilosos que correm na PF (Polícia Federal).
“A partir do momento em que Moro diz que o presidente pedia informações de inquéritos sigilosos, mas ele não fornecia essas informações, mas não denunciou o presidente, ele cometeu o crime de prevaricação”, afirmou.
O senador disse que Moro deverá ser convocado assim que a CPMI voltar a funcionar — a comissão foi suspensa por conta do novo coronavírus.
Segundo ele, a medida se justifica porque o ex-ministro declarou não ter assinado a exoneração de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da PF, publicado em Diário Oficial. Isto, para ele, se caracterizaria uma fake news.
“O argumento para convocação do ministro está em cima da assinatura que ele não deu”, argumentou.
A comissão quer aproveitar para perguntar a Moro se ele tem mais mensagens gravadas com Bolsonaro e para tentar comprovar se ele tem razão no que acusou o presidente.
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Fonte: UOL
Créditos: UOL