A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande contestou, por meio de nota, a decisão do prefeito Romero Rodrigues (PSD) em manter o comércio da cidade fechado por mais uma semana em razão da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com a entidade, a medida foi de encontro ao apelo de empresários e argumenta que a” prorrogação do decreto é um ato de TOTAL IRRESPONSABILIDADE”, já que há um baixo número de casos registrados da Covid-19 no município.
Confira a nota:
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande – CDL entidade com mais de cinquenta anos de representação da classe lojista campinense e maior força do varejo paraibano, vem a público apresentar sua total indignação diante da decisão tomada pelo prefeito deste município, Romero Rodrigues, que prorrogou o decreto nº 4.463/2020, mantendo assim a suspensão do funcionamento do comércio na cidade.
Desde o princípio a CDL buscou dialogar com a gestão municipal, demais entidades de classe e o Ministério Público para que reuniões fossem promovidas com o intuito de definir a data de retorno gradual das atividades ligadas ao comércio, defendendo inclusive, que as lojas cumprissem todas as necessidades básicas de proteção para clientes e funcionários, como a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e redução do horário de funcionamento.
Todavia, os argumentos apresentados pela CDL e pela maioria dos empresários que participaram dos encontros defendendo a abertura das lojas na próxima segunda-feira (13) não foram levados em consideração, deixando a certeza de que a decisão para manutenção do decreto foi tomada de forma MONOCRÁTICA e antecipada.
A CDL considera que NÃO EXISTE razão para que o comércio de Campina Grande permaneça fechado. A prorrogação do decreto é um ato de TOTAL IRRESPONSABILIDADE por parte da Prefeitura Municipal tendo em vista o baixo número de casos da COVID-19 registrados na cidade, bem como a aquisição pela própria gestão municipal de novos leitos para um possível aumento no atendimento a pacientes.
Os lojistas estão assistindo de mãos atadas à falência em massa de empresas e ao crescimento vertiginoso de demissões. Todos se perguntam como ficarão diante de mais uma semana de incertezas. Os trabalhadores querem saber se ao final do mês poderão receber seus salários integrais ou se terão seus contratos rescindidos.
É notório que a normalidade do comércio vai demorar a acontecer tendo em vista a crise que pegou a todos de surpresa. Porém, considera-se um ato de irresponsabilidade contra Campina Grande a decisão tomada na manhã deste sábado (11).
Assim, a CDL decide que não mais participará das reuniões de discussão sobre o assunto, pois, percebe que a classe empresarial está tendo sua voz abafada por pessoas que usam a crise para se beneficiar de alguma forma.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria