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Filmes paraibanos são indicados ao Grande Prêmio Brasileiro de Cinema 2020

O drama "Ambiente Familiar" e o terror "A Noite Amarela" foram selecionados na categoria Longa-metragem Ficção e "A Ética das Hienas" na categoria Curta-metragem Ficção.

Três filmes paraibanos foram inscritos no primeiro turno do Grande Prêmio Brasileiro de Cinema 2020, realizado pela Academia Brasileira de Cinema. O drama “Ambiente Familiar” e o terror “A Noite Amarela” foram selecionados na categoria Longa-metragem Ficção e “A Ética das Hienas” na categoria Curta-metragem Ficção.

“Foi uma grata surpresa saber que o filme estava concorrendo. Eles insistiram que a gente inscrevesse o filme… tem tanto filme que teve uma visibilidade, uma projeção lá fora. Após a conclusão do filme, para exibição em circuito, você precisa de uma grana para dar essa visibilidade de mídia, para fazer o público frequentar as salas e assistir o filme. A gente não teve isso, mas a gente teve essa franca oportunidade”, relata o diretor de Ambiente Familiar, Torquato Joel.

“Ambientar Familiar” discute o conceito de família a partir de três amigos que moram juntos. É estrelado por Alex Oliveira, Fagner Costa e Diógenes Duque e tem participações de Marcélia Cartaxo, Zezita Matos e Soia Lira.

O artista relata a indicação com alegria, pois o filme conseguiu quebrar o circuito comercial do cinema brasileiro, que é muito fechado. Ele também ressalta a participação muito significativa de um elenco de grandes atores e atrizes paraibanas, além dos três personagens principais, que foram inspirados em vidas reais. “Acho que já valeu demais chegar aqui onde a gente chegou. Foi um filme feito com pouco recurso, com fundo do edital Walfredo Rodriguez e foi feito muito na garra”.

á “A Noite Amarela” é um filme de terror, gênero ainda não tão explorado não só no Brasil, como na Paraíba. O longa conta a história de um grupo de adolescentes que vai comemorar o final do ensino médio em um ilha e, no decorrer das festas, acaba percebendo algo muito estranho naquele lugar. O longa foi filmado em Campina Grande, Cabedelo e Conde e é estrelado por Rana Sui, Ana Rita Gurgel, Felipe Espíndola, Clara de Oliveira, Marina Alencar e Matheus Martins.
O diretor, Ramon Porto Mota, destaca que o filme não envelheceu após a crise da Covid-19. “Acho que se atualizou, na verdade. O filme não é sobre pandemia, é sobre o fim do mundo de uma forma pessoal”. O longa foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR), na Holanda, e levou o prêmio de melhor diretor na categoria “head trip” do Brooklyn Horror Film Festival, em Nova York, premiações que o diretor destaca como bastante importantes para o filme.
Quanto ao Grande Prêmio Brasileiro de Cinema 2020, ele é crítico. “Pra mim, o Grande Prêmio de Cinema Brasileiro me parece uma premiação voltada pro eixo Rio-São Paulo, com algumas exceções ali para confirmar a regra, claro. Voltado para um certo tipo de cinema de qualidade, de grande bilheteria, ou de impacto midiático. Me parece uma premiação com uma clara visão de cinema e eu não faço parte dela. Não me importo e não faz diferença pra mim, ainda mais num momento como o que a gente vive, de uma pandemia global que ameaça milhares de vidas diretamente”, afirma o diretor.
O único curta paraibano na categoria Curta-metragem ficção da premiação foi “A Ética das Hienas”, do cineasta Rodolpho de Barros. O filme conta a história de uma fraude descoberta em uma causa trabalhista e os acordos feitos ao redor disto. O elenco conta com Marcélia Cartaxo, Fernando Teixeira, Suzy Lopes, Servilio de Holanda, Daniel Porpino e Tavinho Teixeira. O curta passou por festivais como 30º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo e o Festival de Cinema de Gramado de 2019, além de ter tido sua estreia no 22º Festival de Tiradentes.

Fonte: G1
Créditos: G1