Com as atividades do futebol paradas, o Botafogo-PB encontrou uma forma de movimentar os seus torcedores com segurança. A última ação de marketing do clube foi uma parceria firmada com o presídio Maria Júlia Maranhão para a confecção de bonecas de pano: os Belinhos e as Belinhas. O acordo foi firmado no início de março, mas só agora a produção está disponível para venda.
Os torcedores podem adquirir os bonecos através de transferência bancária. O primeiro sai por R$ 19,90, e o segundo por R$ 10,00. A entrega será na reapresentação do elenco. Parte da renda será destinada ao projeto “Castelo de Bonecas”, mantido pelo presídio.
Os bonecos ganharam nomes de Belinho e as Belinha e serão vendidos a preços acessíveis nas lojas oficiais do Botafogo-PB e, em dias de jogos como mandante, também no Estádio Almeidão.
O presidente Sérgio Meira se mostrou bastante satisfeito com a parceria firmada. Usando a ideia de fortalecer a ressocialização das detentas e usando o clube como ferramenta, o mandatário alvinegro não escondeu o entusiasmo com o andamento da proposta.
– Fico muito feliz em fazer essa parceria. Agradeço à administração penitenciária. O Botafogo-PB teve a ideia de produzir, junto a elas, os bonecos e as bonecas do Belo. Ou seja, os Belinhos e as Belinhas, onde vamos colocar nas lojas do Botafogo-PB, serão vendidos a preços acessíveis. Vamos vender também nos jogos. Ficamos muito felizes em estar contribuindo num projeto maravilhoso de ressocialização – disse.
A produção por parte das reeducandas do complexo passou a ser um instrumento de ressocialização ainda em setembro de 2012. O projeto, inclusive, não abrange apenas confecção de bonecas. Chaveiros e lembranças de aniversário também são produzidos e vendidos num valor acessível.
Diretora da penitenciária, Cinthya Almeida exaltou o acordo fechado com o clube alvinegro em prol das atividades das apenadas. De acordo com ela, o trabalho feito por elas é revestido de sensibilidade. Agora, também em prol do esporte.
– Não podemos deixar de revelar a importância que uma parceria dessas tem no tocante a unir os mundos, pois quando uma reeducanda confecciona com suas mãos dentro da unidade um trabalho com expressividade, sensibilidade e beleza, para o esporte, percebemos que pudemos não só diminuir as barreiras, mas como vencer todas, sejam elas muros ou preconceitos – disse.
Fonte: Globo Esporte
Créditos: Globo Esporte