As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 6h40 desta quinta-feira (2), 6.931 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 245 mortes pela Covid-19.
Sergipe confirmou a primeira morte pela doença no estado. A mulher tinha 61 anos era diabética, hipertensa, com histórico de doença vascular periférica e foi internada na segunda-feira (30).
Uma segunda morte no estado, divulgada apenas pela Secretaria Municipal da Saúde de Aracaju, foi de um homem de 60 anos, hipertenso, que havia chegado de São Paulo há 15 dias. O caso ainda não foi confirmado pela secretaria estadual.
O governo de Pernambuco confirmou mais duas mortes, Minas Gerais contabilizou o terceiro morto pela doença e, na noite de terça-feira (31), um homem de 23 anos morreu infectado pelo coronavírus no Rio Grande do Norte. Ele é a vítima mais jovem do coronavírus no Brasil até o momento.
O Ministério da Saúde atualizou seus números nesta quarta-feira (1º), informando que o Brasil tem 241 mortes e 6.836 casos confirmados de coronavírus.
O avanço da doença está acelerado: foram 25 dias desde o primeiro contágio confirmado até os primeiros 1.000 casos (de 26 de fevereiro a 21 de março). Outros 2.000 casos foram confirmados em apenas seis dias (de 21 a 27 de março) e quase 4.000 casos de 27 de março a 1º de abril, quando a contagem acumulada bateu quase 7.000 infectados.
Brasil tem ao menos 23 mil testes de coronavírus à espera do resultado
O Brasil tem ao menos 23,6 mil testes do novo coronavírus (Sars-CoV-2) ainda à espera do resultado. Esse número é 3,4 vezes maior que o total de casos confirmados (6,9 mil) neste balanço das secretarias de Saúde. Para especialistas ouvidos pelo G1, tal discrepância indica que pode haver muito mais gente com a doença Covid-19 no país.
O G1 procurou as Secretarias de Saúde de todos os Estados e do Distrito Federal para saber quantos testes estão na fila. Apenas nove responderam: Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Veja mais na reportagem.
Essa subnotificação de registros tem duas causas: a falta de testagem maciça no Brasil e e a demora para finalizar essas análises já iniciadas mas não concluídas.
Pesquisadores explicam que a quantidade de kits insuficiente e o gargalo na hora de analisar as amostras coletadas dificultam a realização de cálculos que mostrem o real avanço do surto no país. E fazem um alerta: como o Ministério da Saúde recomenda que sejam testados apenas pacientes graves, existe a chance de ser considerável o percentual de “positivos” nesse universo de pessoas já submetidas ao exame.
Fonte: G1
Créditos: G1