O governo, nossa vergonha

Amadeu Robson

Mas que triste Estado o meu! Melhor, meu Estado, que triste querem fazer de ti os “poderosos”! Diria: Pouca vergonha, arrogância, autoritarismo. Do alto da sua pungência balofa consentem na exploração financeira desenfreada dos servidores públicos, julgando tudo poder fazer, julgando tudo poder ganhar.
O tempo passa e um homenzinho com pouca visão, arrogante e autoritário, assumiu o Poder da Paraíba decidido a dar ao Estado uma das mais tristes, feias e vergonhosas imagens ao País.
Esse homenzinho com pouca visão, arrogante e autoritário, trata o seu Estado e os seus concidadãos, como se todos vivessem na mais pura barbárie e na mais pura ausência de civilização. Como se todos vivessem nesse estado deplorável, exceto ele e o seu séqüito de “amestrados”.
Esse homenzinho com pouca visão, arrogante e autoritário, não obstante seu equilibrado patrimônio financeiro, não hesita em dilacerar categorias funcionais, explorando e sonegando até o tutano dos pífios ossos, sempre que essa seja a condição à salvaguardar seus interesses pessoais, mesquinhos e exclusivos: posso, mando, não devo ao povo, não devo aos Poderes.
Esse homenzinho com pouca visão, arrogante e autoritário, que nunca proporcionou alegria ao servidor, que vive financeiramente bem, engordando a sua conta pessoal pelas benesses do Poder, se alegra compulsivamente pela segurança adquirida com o salário que receberá pelo resto da vida. À custa, obviamente, do empobrecimento e do sucateamento de forma equivocada e desumana de muitos pais de famílias.
Mas esse homenzinho com pouca visão, arrogante e autoritário, não atua sozinho. Ele não é o único responsável pela imagem de barbárie que passa o funcionalismo estadual. Porque outros homens que o entronaram deveriam estar envergonhados e arrependidos. Infelizmente, também eles julgando que tudo podem fazer, julgando que tudo podem ganhar, ancorados às cadeiras do poder político no meu Estado, sentem medo em suas atitudes.
E são eles, esses “políticos”, com pouca vergonha e sem arrependimentos que a cada novo golpe que desferem nos direitos dos servidores, a cada nova redução das garantias legais e constitucionais, a cada nova lei que reduz a capacidade daqueles que efetivamente produzem, dão pouca ou nenhuma atenção ao direito a um salário justo e honesto.
São esses “políticos” quem permite, quem escancara a porta para que aquele homenzinho possa, com a soberba e arrogância de que ontem fez tanto gáudio, dar do meu Estado ao País à imagem mais triste, mais feia, mais porca e má que a memória registra.