Apesar dos alertas do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) emitidos, recentemente, ao prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) e seu vice-prefeito Enivaldo Ribeiro (PP), por gastos com pessoal acima do limite, bem como ações que tramitam no poder judiciário e pesam sobre ele por nepotismo e corrupção, o gestor campinense vem, dando continuidade a sua política de contratação de pessoas sem concurso para seus pares, realidade está verificada na contratação das irmãs do seu pré-candidato a prefeito e atual secretário de Planejamento Tovar Correia Lima (PSDB) que mantém há anos suas duas irmãs na folha de pagamento sem concurso.
Em julho do ano passado a PMCG apresentava exatos 7.666 pessoas contratadas sem concurso que custaram aos cofres públicos neste referido mês R$ 11.370.847,60. Já neste mês de outubro do ano passado, a PMCG apresentou um aumento para exatos: 7.805 servidores sem concurso que custaram, neste referido mês exatos R$ 11.722.187,45, o que representa um aumento de 139 cargos e mais R$ 351.339,85 em média a mais a cada mês em valores. Uma grande quantidade destes servidores tem algum grau de parentesco com o gestor campinense, ou são de pessoas ligadas a deputados e vereadores de sua base política. Os indicados estão em pastas como o Gabinete, o Fundo Municipal de Saúde, o Fundo Municipal de Assistência Social, a STTP, Urbema, AMDE e IPSEM, que tem recursos próprios. Essas informações podem ser vistas no link do TCE-PB.
Duas dessas pessoas indicadas em concurso são as irmãs do seu pré-candidato a prefeito e atual secretário de Planejamento Tovar Correia Lima (PSDB): Lorena Alves Correia Lima que ganha R$ 3.942,24 na Secretária de Desenvolvimento e Mayara Alves Correia Lima que ganha R$ 1.200,00 do Fundo Municipal de Saúde. Vale ressaltar que semana passada Romero recebeu mais um alerta do TCE-PB, por estar gastando acima de 54% da Receita Corrente Líquida (RCL) com pessoa, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Conheça mais sobre o passado de Tovar – Muitos ainda lembram quem nas eleições de 2014, Tovar então candidato a deputado estadual foi preso pela Polícia Federal, em Campina Grande, numa das madrugadas daquela campanha, por compra de votos. O então candidato foi flagrado no bairro das Malvinas, distribuindo cestas básicas e grande quantia em dinheiro. No carro apreendido pela polícia estavam Tovar, um assessor identificado como Bruno Barbosa e Vitor Alves, irmão do candidato. Além das cestas básicas e grande quantia em dinheiro.
Sobre esse caso recentemente o tucano foi criticado pelo ex-presidente estadual do PT-PB, Charliton Machado. “Todo mundo sabe que Tovar foi preso nas eleições por compra de voto. A imprensa noticiou isso. Agora é um direito dele se defender e tentar esconder seu passado”, declarou o petista.
CNH suspensa – Em março de 2017, Tovar Correia teve o direito de dirigir suspenso por 12 meses após determinação do Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). O deputado explica que a suspensão é resultado de uma blitz da Lei Seca ocorrida em 2013 – na época, vereador de Campina Grande. Segundo Tovar, ele havia ingerido quantidades de álcool acima do permitido pela LEI e foi parado pela blitz.
Doação de assaltante de bancos – ROMARIO GOMES DA SILVEIRA (foto), vulgo ROMARINHO, foi preso em junho de 2019 em FORTALEZA, numa ação conjunta entre a PM/PB, PM/CE e PF/PB, tendo dois mandados de prisão em aberto. ROMARIO ou melhor Romarinho já foi ex-assessor do Gabinete do Prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) e também doador de campanha do atual deputado estadual reeleito Tovar Correia Lima (PSDB).
DOADOR DE TOVAR
Romário Gomes Silveira doou R$ 2.000,00 para a campanha a deputado estadual de Tovar Correia Lima (PSDB) em 2014. As informações são do site Eleições e Política. Tovar obteve 30.670 votos e a sua prestação de contas mostra que foram arrecadados R$ 248.242,00. O que estranha é que, mesmo tendo sido preso em fevereiro acusado de integrar quadrilha de assaltos a bancos, Romário estava em Liberdade.
Outros beneficiados – Pelo menos 12 parentes de vereadores e de pessoas ligadas ao alto escalão político de Campina Grande estão inseridos na folha de pessoal do município com gordos salários. Os vencimentos chegam a passar de R$ 14 mil.
Dentre os parentes identificados estão a esposa do deputado estadual Moacir Rodrigues e cunhada do prefeito Romero Rodrigues, Giovanna Karla Barros Fernandes do Carmo, lotada no Gabinete do Prefeito com salário de R$ 14.196. Também estão na lista esposas, filhos, filhas e primos de vários vereadores de Campina Grande que compõem a base de apoio do prefeito Romero Rodrigues. Vejam nos anexos do Sagres-PB, as tabelas que mostram os gastos e quantidades de servidores sem concurso na PMCG até o mês de março deste ano.
Punições a gestores – Em diversas cidades, gestores municipais estão sendo afastados dos seus cargos pela prática de nepotismo. O mais recente caso foi a decisão do juiz do Grupo da Meta 4, no âmbito do Judiciário estadual paraibano, Jailson Shizue Suassuna, que condenou o ex-prefeito do Município de Gurinhém, Tarcísio Saulo de Paiva, por atos de improbidade administrativa, em razão da existência de inúmeros contratos temporários relativos a cargos para os quais havia contrato público válido. Com a decisão, o magistrado julgou procedente o pedido interposto pelo Ministério Público estadual na Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa nº 0001280-72.2014.815.0761, para declarar a inconstitucionalidade incidental do artigo 2º, inciso VII e do artigo 13 da Lei Municipal nº 428/2013.
Operação Famintos – A mais recente denúncia contra o prefeito de Campina, recai sobre a ‘Operação Famintos’, as investigações foram iniciadas a partir de representação autuada no MPF, que relatou a ocorrência de irregularidades em licitações na Prefeitura de Campina Grande (PB), mediante a contratação de empresas “de fachada”. Com o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros, constatou-se que desde 2013 ocorreram contratos sucessivos, que atingiram um montante pago de R$ 25 milhões. A CGU, durante auditoria realizada para avaliar a execução do PNAE no município, detectou um prejuízo de cerca de R$ 2,3 milhões, decorrentes de pagamentos por serviços não prestados ou aquisições de gêneros alimentícios em duplicidade no período de janeiro de 2018 a março de 2019.
Fonte: Notícias PB
Créditos: Polêmica Paraíba