Não me habituo em conviver com pessoas que trazem o pedantismo como marca de sua personalidade. Causa-me aversão ver alguém agir com extrema arrogância, tratando os outros com ares de superioridade. O indivíduo pedante se acha sempre o “dono da verdade”, nunca admitindo ser contestado em nada do que diga ou pense. Não permite críticas, nem aceita a postura de aprendiz, porque se imagina possuidor de qualidades e conhecimentos acima dos normais.
O pedantismo se revela no exagero das expressões presunçosas. É evidente a necessidade de autoafirmação. O pedante quer ser o centro das atenções, mesmo numa forma que não angarie simpatias. Não tem respeito, nem consideração pelos outros, em razão da sua empáfia. Perde a noção do equilíbrio e da realidade, uma vez que vive centrado em si mesmo.
O pedantismo faz com que a pessoa perca sua autenticidade, deixe de ser ela mesma para tentar ser alguém que não é. O pedante não percebe que seu comportamento pode muitas vezes levá-lo ao ridículo. Termina se postando de maneira inconveniente no contexto social em que vive, e passa a ser relegado a uma condição de isolamento. Mas a vaidade e o estilo presunçoso o deixam tão cego, que não enxerga isso.
É muito comum o pedante ser apontado como “um chato”, pernóstico. Ao exibir com estardalhaço seus feitos e façanhas, emite uma impressão negativa, contribuindo para que seja visto como um esnobe. No meio corporativo encontramos com frequência esse tipo de figura. A sabedoria popular nos ensina que “quem tem, não mostra, e quem é competente, não precisa ficar propagando”.
Fonte: Rui Leitão
Créditos: Rui Leitão