O colapso institucional que estamos assistindo é na verdade um democraticídio. Democracia é sinônimo de pluralismo e isso é tudo o que não está acontecendo no momento em nosso país. O reconhecimento da diversidade não existe na contemporaneidade. O pendor autoritário está se manifestando explicitamente. A nostalgia da ditadura se coloca como lembrança a ser cultuada.
O governo não pode ser confundido com a família. Sendo assim perde a legitimidade. Pior quando membros da família se acham integrantes do governo. E ditam regras. Filhos assumindo o trono no do pai. No grupo a observância determinada pela vontade de uns poucos.
É uma anomalia política. A conduta irresponsável de um governante. O exercício da representação exige postura ética. O interesse público entendido como razão de ser do Estado. Político por paixão, burocracia por profissão. Assim vamos vivendo o exercício da política contemporânea. O palco da crise definindo caminhos. Interpretações inspiradas, ideias ampliadas. As perspectivas de melhora normalmente acontecem com a mudança de poder. Mas tem que ser feita de forma responsável, Sem que sejam determinadas pelas paixões.
Será que a democracia está morrendo? A direita ressurgente quer matá-la. A pauta progressista ignorada. Vamos andar “contra a marcha”. Contrariemos a mídia ufanista. Melhor ser amado do que temido. Mas estejamos sempre prontos para enfrentar o inimigo, ainda que respeitando os críticos severos. O código de conduta de um governante deve ser primeiramente em defesa do interesse público.
A democracia afirma-se pelo exemplo dado por seus governantes. E quando isso não acontece? Não há outra definição, assistimos o democraticídio. As evidências das leis não são cumpridas. Os movimentos sociais sendo criminalizados. As elites dominantes estabelecendo a democracia de conveniência. Então configura-se a morte da democracia. Não deixemos que isso aconteça. A resistência haverá de ser vitoriosa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba