O Governo do Estado agiu rápido para reverter a derrota na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), que havia determinado a inconstitucionalidade do projeto que cria a Fundação PB Saúde. No plenário da Casa, o Poder Executivo continuou sem a ajuda da maioria dos integrantes do grupo, mas ganhou a adesão de parlamentares da oposição para atingir a quantidade de votos mínima para aprovar a proposta. Foram 19 votos favoráveis, 6 contrários e uma abstenção.
Sim – Votaram a favor do projeto do governo os oposicionistas Jane Panta (PP), Galego Souza (PP), Cláudio Régis (PP) e Manoel Ludgério (PSD). Os votos deles se somaram ao ‘sim’ de Inácio Falcão (PC do B), Lindolfo Pires (Podemos), Estela Bezerra (PSB), Buba Germano (PSB), Chió (Rede), Wilson Filho (PTB), Edmilson Soares (Podemos), Jeová Campos (PSB), Cida Ramos (PSB), Branco Mendes (Podemos), Adriano Galdino (PSB), Ricardo Barbosa (PSB), além de Júnior Araújo (Avante), Trocolli Júnior (Podemos) e Pollyana Dutra (PSB) que contrariaram o G11 e votaram a favor do texto.
Não – Votaram contra, os oposicionistas Anderson Monteiro (PSC), Camila Toscano (PSDB), Moacir Rodrigues (PSL), Raniery Paulino (MDB), Cabo Gilberto Silva (PSL) e Bosco Carneiro (Cidadania).
Abstenção – O deputado João Henrique (PSDB) se absteve da votação.
Conforme apurou a reportagem, participaram ativamente para aprovar a proposta, além do líder do governo, o deputado Júnior Araújo, que assumiu a Secretaria de Governo após a votação. A redação recebeu, também, a informação que o deputado Adriano Galdino teria ajudado na aprovação do projeto, mas em mensagem ao Polêmica Paraíba ele disse que não participou das articulações na Casa.
Após a aprovação da matéria no plenário da Assembleia, Galdino mandou recado ao Governo do Estado. “Sessão encerrada, matéria aprovada. Cumprimos com nossa obrigação e agora o governo tem obrigação de cumprir as questões da saúde. Cabe ao governo agir para pagar aos funcionários, para comprar os insumos, para dar assistência ao povo. O Governo agora que assuma sua obrigação”, declarou.
Novo modelo
O Governo do Estado decidiu abolir as organizações sociais que geriam hospitais do Estado depois que a Operação Calvário revelou um esquema de corrupção responsável por desviar recursos públicos por meio dessas organizações, a exemplo da Cruz Vermelha, que gerenciava o Hospital de Trauma. Em coletiva à imprensa, ainda no ano passado, João Azevêdo anunciou o fim das organizações sociais e a criação da Fundação PB Saúde. A ideia do governo é ter um órgão próprio de gestão dos hospitais da rede estadual.
As investigações da Operação Calvário apontam que foram desviados pelo menos R$ 134 milhões de recursos do Governo do Estado por meio de organizações sociais nas áreas da saúde e da educação.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba