A recém-lançada biografia de Adriane Yamin, na qual ela conta seus anos de namoro com Ayrton Senna (1960-1994), teve mais um round nesta sexta-feira (31).
A Amazon retirou a biografia “Minha Garota” tanto de seu catálogo físico como o de e-books.
A decisão foi tomada após a empresa ser notificada pela escritora Malu Magalhães.
Malu alega ser a real autora do livro.
“Minha Garota”, lançada de forma independente, traz as memórias de Adriane, hoje com 50 anos, herdeira da família que lançou as duchas Corona.
Ela namorou Senna entre 1985 e 1988. A edição de luxo do livro em papel tem mais de 700 páginas e 700 fotos.
A obra é alvo de disputa, pois Malu afirma ter sido contratada para escrever o livro como ghost-writer para Adriane.
Ela alega ter cumprido o contrato e entregue o livro “praticamente pronto”. Ele foi lançado por em dezembro passado. No entanto, afirma ter recebido apenas R$ 10 mil dos R$ 25 mil contratados.
O outro lado
Rosângela Martinelli Campagnolo, advogada de Adriane Yamin, admite que o contrato existiu, mas que ele foi rescindido após três meses porque Malu “não cumpriu prazos e nem entregou um produto de qualidade”.
A advogada afirmou à coluna que vai recorrer com uma “contra-notificação” junto à Amazon para que o livro seja recolocado no catálogo.
“Estamos colocando à disposição da Amazon os documentos e o registro de autoria na Biblioteca Nacional”, disse ontem à coluna.
A advogada disse ainda que pretende mover ação civil e criminal contra Malu, por difamação. Ela já notificou Malu em dezembro.
A justificativa para a notificação é a suposta quebra de cláusulas de confidencialidade por parte da “ghost writer”.
A réplica
Malu, por sua vez, rebate as declarações da advogada.
“Eu escrevi o livro e tenho todas as provas. Ela está ganhando dinheiro com o meu trabalho. Pode me processar na Justiça Civil, criminal, e em qualquer outra. Tenho provas do que fiz.”
Ela afirmou que vai notificar agora a Livraria Cultura e o site Mercado Livre, que também estão oferecendo à obra aos seus usuários. Quer a retirada do livro desses catálogos também.
A Amazon
Procurada pela coluna, a Amazon disse, por meio de sua assessoria, que não vai comentar o caso.
Fonte: UOL
Créditos: UOL