O governo da Venezuela elevou em 66% o salário mínimo do país neste ano, para 250 mil bolívares por mês. A quantia pode surpreender, mas não é suficiente para recompor o poder de compra dos cidadãos, corroído pela hiperinflação que assola o país há anos. O valor equivale a R$ 15,15 (US$ 3,71).

A inflação anualizada da Venezuela para novembro foi de 13.476%, segundo dados do Congresso. O último relatório do Banco Central, em setembro de 2019, mostrou um aumento acumulado de 4.679% nos preços.

A oposição e analistas acusam o governo do presidente Nicolás Maduro de ser o responsável pela pior crise econômica da história do país, que tem as maiores reservas de petróleo do mundo. O líder esquerdista atribui os males da economia às sanções dos Estados Unidos.

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Em meio às dificuldades econômicas e crises políticas, a Venezuela despencou no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) da ONU. O país caiu 26 posições desde 2013 e agora ocupa a 96ª colocação. Foi a maior queda global no período.

Para 2019, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma com contração de cerca de 35% da economia venezuelana, mais profunda do que o esperado anteriormente, segundo o relatório Panorama Econômico Mundial. Em abril, o Fundo projetava tombo de 25%.