Após a oficialização do pedido de exoneração de Lau Siqueira da coordenação do Programa de Inclusão Através da Música e das Artes, na semana passada, o que movimenta, hoje, os bastidores da cultura no âmbito do Governo do Estado é a iminente dança de cadeiras nos cargos de Presidente da Funesc e secretário-executivo da Secult, ocupados respectivamente pela jornalista Nésia Gomes e pelo músico e compositor Milton Dornelas.
Ambos são vinculados às hostes ‘ricardistas’ e não escondem de ninguém tal filiação em que pese o rompimento entre João Azevedo e o ex-governador Ricardo Coutinho que se agravou após a deflagração da operação ‘Calvário – Juízo final’ que culminou com a prisão deste último. Curiosamente, em meio a esse clima de ‘vaca desconhecer bezerro’, a presidente da Funesc, Nésia Gomes, participou de solenidade de encerramento da Mostra Sertão de Teatro, Dança e Circo, em Cajazeiras, com belo e reluzente vestido na cor… laranja.
Além disso, ainda segundo relatos de pessoas presentes à solenidade, a presidente da Funesc teria ido às lágrimas ao tomar conhecimento da revogação da prisão preventiva de Ricardo Coutinho, no que foi consolada por pessoas de sua assessoria na ocasião.
Pode ter sido mera coincidência, dirão alguns. Porém, há quem especule que a escolha da cor laranja, nesse momento de crise aguda na gestão estadual, teria sido uma forma de marcar posição; quanto às lágrimas derramadas pela soltura do ex-governador podem ter dupla simbologia: alegria pela liberdade do ex-chefe (e padrinho político) e a incerteza sobre a validade do prazo de vencimento de seu cargo na presidência da Funesc.
Por outro lado, entre o secretário da Secult, Damião Ramos Cavalcanti e seu adjunto, Milton Dornelas, especula-se, por sua vez, que o primeiro seja mantido, na medida em que teria sido indicado pelo próprio João Azevedo, no início deste ano.
“Girassol juramentado” desde os tempos de Funjope, Dornelas corre o risco de ceder o cargo para alguém com perfil mais afinado com a nova orientação do governo
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba