A jornalista Marcela Sitônio publicou, na última segunda-feira (23), um artigo de opinião em que descreve um embate com o ex-governador Ricardo Coutinho, a quem ela chama de ‘embusteiro’. No texto, ela conta como foi atacada por aliados do ex-governador, por ter sido uma profissional crítica às atitudes do socialista. Confira a seguir.
Descobri a falácia do discurso republicano do ex-governador RC, tão logo foi eleito prefeito de João Pessoa. Na época, eu fazia parte, ativamente, de um movimento chamado SOS Bessa, que mudou a infraestrutura do bairro esburacado, cheio de lama e sem uma praça.
Na primeira plenária realizada no bairro, em que RC participou como prefeito, usei o microfone para dizer que os moradores do Bessa tinham votado nele, mas, se esquecesse de nós, voltaríamos às ruas para refrescar sua memória.
A partir dai, entrei para o index de RC e da sua equipe de bajuladores. Depois de um tempo, assumi a presidência da Associação Paraibana de Imprensa.
Como já existia esse histórico de “atrevimento”, aliado a uns posicionamentos meus em favor da categoria e contra algumas medidas do então governador, passei, novamente, a ser alvo de ataques por parte de ventríloquos do governo, perseguições de todo o tipo, desde boicote aos nossos eventos.
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Demorou! Mas o tempo se encarregou de repor tudo no seu devido lugar. Ele coptou profissionais da impressa, processou quem ousava divergir, perseguiu, foi beligerante com várias categorias de servidores.
O poder fez RC perder a noção de limites. Seu Ego cresceu tanto que explodiu.
Sem mandato e sem o poder da caneta, ele não perdeu sua significância no cenário político paraibano, mas, encolheu tanto, do ponto de vista ético, que passou a ser um rei posto e agora preso.
Eis o motivo do meu embate com esse embusteiro. Nunca recebi dinheiro para falar mal dele, não perdi contracheque, mas fui afastada das minhas funções por uma chefe escrota e tive minha dignidade aviltada por uma corja de “honestos” fakes.
Virei uma crítica costumaz dos seus atos, até me excedi nas repetições, recebi pouca solidariedade, mas vivi e sobrevivi para ver sua desmoralização.
Já não me importa se ficará preso ou não, torço para que pague pelos seus atos, embora isso não seja um problema meu e sim, da Justiça.
Fonte: Marcela Sitônio
Créditos: Marcela Sitônio
