A deputada estadual Cida Ramos (PSB) criticou duramente o Projeto de Lei Complementar (PLC) que tramita na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e que modifica a Previdência Paraíba (PBPrev). Em audiência pública realizada nesta segunda-feira (16) na Casa, a parlamentar chamou a proposta de ‘confisco salarial’ e fez críticas ao que chamou de ‘afogadilho’ da gestão estadual para aprovar o texto.
Cida ressaltou que, para ela, a discussão não envolve ser de oposição ou base aliada à gestão estadual, mas a direitos trabalhistas. “O que está em causa diz respeito a garantia de direitos, da dignidade, do respeito a todos os servidores que constroem o estado da Paraíba. O que está em jogo são pessoas, como as que estão aqui presentes, exigindo direitos, e que não terão, após décadas de trabalho, o direito a ter acesso a uma pensão. Não terão o direito de ter acesso a benefícios. Não se trata de fake news, se trata da mais cruel e dura realidade apresentada aos servidores”, opinou.
A socialista deixou claro sua posição de confronto ao projeto do Poder Executivo e prometeu ‘não aceitar’ a proposta que tramita na Assembleia. “Eu quero dizer que é impossível aceitar uma proposta que trata de uma alíquota de 11% para 14% para servidores que não tiveram e não vão ter reajuste em 2019 e 2020, uma proposta que se pretende aprovar de afogadilho e nós não vamos aceitar”, disse.
Dirigindo-se a servidores que acompanhavam a sessão nas galerias da Assembleia, Cida Ramos justificou sua posição de se contrapor à proposta governista e chamou o texto de ‘confisco salarial’. “Minha posição não poderia ser outra. Eu afirmo aqui a cada um de vocês. A minha posição não poderia ser outra, pois eu não teria, não terei e jamais teria coragem de olhar no olho de qualquer depois de aprovar uma reforma, que não é uma reforma, é um confisco salarial”, concluiu.
A votação do PLC em plenário, pode acontecer nesta terça-feira (17), depois que o ministro do STF, Dias Toffoli, derrubou decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba que havia paralisado a tramitação do texto.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba