O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu na tarde de hoje da prisão na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba após ser liberado pela Justiça Federal.
Ele demorou a sair pelo portão principal porque deixou a sede da PF a pé e foi abraçado por diversos apoiadores. Estavam presentes o ex-senador Lindbergh Farias, o deputado federal Wadih Damous e a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
Lula falou no palco da vigília Lula Livre e agradeceu a todos que estiveram todos os dias dando “Bom dia, Lula”: “Eu não pensei que no dia de hoje eu poderia estar aqui conversando com homens e mulheres durante 580 dias gritaram ‘Bom dia, Lula. Boa tarde, Lula. Boa noite, Lula’. Vocês foram o alimento da democracia.”O
O ex presidente ainda destacou que o “lado podre do estado brasileiro, o lado podre do Ministério Público e o lado podre da Polícia Federal” trabalharam para criminalizar a esquerda, criminalizar o PT e criminalizar o Lula.
Ele disse que durante sua prisão ele ficou mais “corajoso” para defender a população brasileira.
ENTENDA
A decisão coube ao juiz Danilo Pereira Jr., que substitui Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal em Curitiba, que está em férias e é a responsável pela execução da pena de Lula.
Lula foi beneficiado pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que, em julgamento finalizado ontem, proibiu prisão após condenação em segunda instância, caso de Lula. A defesa do ex-presidente havia entrado com o pedido de soltura no final da manhã de hoje.
“Determino, em face das situações já verificadas no curso do processo, que as autoridades públicas e os advogados do réu ajustem os protocolos de segurança para o adequado cumprimento da ordem, evitando-se situações de tumulto e risco à segurança pública”, escreveu o juiz em seu despacho.
O magistrado citou o “efeito vinculante” da decisão do STF. “Observa-se que a presente execução iniciou-se exclusivamente em virtude da confirmação da sentença condenatória em segundo grau, não existindo qualquer outro fundamento fático para o início do cumprimento das penas.”, afirmou Pereira Jr. na decisão.
Após protocolar o pedido, Zanin foi à sede da Justiça Federal em Curitiba para falar com o juiz.
O ex-presidente estava preso na capital paranaense desde abril de 2018 em razão da sentença que recebeu no processo do tríplex, derivado da Operação Lava Jato. A condenação foi confirmada pelo STJ (Superior do Tribunal de Justiça), uma espécie de terceira instância. O caso ainda será encaminhado ao STF.
Com a saída da prisão, o plano de Lula é falar com os militantes que ficam na vigília “Lula livre”, instalada em um terreno na frente da PF em Curitiba. Na sequência, ele viaja para São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.
No dia seguinte, ele participará de um ato no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo. No local, ele deverá fazer um pronunciamento.
Fonte: Polêmica Paraíba com UOL
Créditos: Polêmica Paraíba com UOL