A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está organizando comissão para analisar os impactos das manchas de óleo na Paraíba, um dos primeiros estados a identificá-las, no final de agosto. Elas atingiram a praia do Bessa, em João Pessoa, outras quatro praias em Cabedelo e o litoral do município do Conde, segundo a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) do Governo do Estado, e podem ser prejudiciais à saúde.
O grupo de pesquisadores será vinculado ao Gabinete da Reitoria. O processo que cria a comissão está sendo examinado pela Procuradoria Federal junto à UFPB. Assim que for deferido, as reuniões devem começar. Parceria com a Assembleia Legislativa da Paraíba (AL-PB) também deve ser firmada, por meio da Deputada Estela Bezerra, presidente da Frente Ambientalista da casa Epitácio Pessoa.
De acordo com o projeto, a ideia central é construir uma comissão multidisciplinar e transversal de estudos acadêmicos com cronograma e reuniões setoriais a cada 15 dias, com o intuito de apresentar soluções para os efeitos do vazamento de óleo na costa nordestina.
A fim de subsidiar as pesquisas e promover conhecimento científico internacional, os estudantes Bárbara Teixeira e Wlademir Gonzaga e o cientista social André Gomes, que propuseram a organização da comissão, também sugerem a criação dos cursos de Engenharia Costeira e Oceanografia e dos Programas de Pós-graduação em Oceanografia e em Engenharia Oceânica.
Vão compor a comissão representantes de cursos como Ciências Biológicas, Geografia, Engenharias Ambiental, Ciências Sociais, Serviço Social, Relações Internacionais, Gestão Pública, Ecologia, Matemática Computacional e Ciência da Computação. Integrantes de órgãos como Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretarias de Meio Ambiente (estadual e municipal), Forças Armadas, Capitania dos Portos Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM BIO) também serão convidados.
As manchas começaram a chegar à costa nordestina há dois meses. Até a noite do último domingo (3), quatro mil toneladas já haviam sido recolhidas de 314 localidades, em 110 municípios.
A Polícia Federal e a Marinha indicam o petroleiro Bouboulina, de bandeira grega, como suspeito pelo derramamento. O navio é da empresa Delta Tankers.
Fonte: Assessoria
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