A ex-dirigente do PSL Mulher de Pernambuco Bete Oliveira prestou depoimento à PF (Polícia Federal) e afirmou que o partido utilizou candidaturas laranjas em 2018 no Estado, segundo a Folha de S.Paulo.
De acordo com ela, as mulheres só foram incluídas na disputa eleitoral para cumprir a cota mínima obrigatória de 30%, estabelecida por lei. Os 2 depoimentos foram feitos em março e abril deste ano.
Ainda segundo Bete, que recebeu só 2.529 votos em campanha à Câmara dos Deputados, “a criação do PSL Mulher e do PSL Jovem ocorreu única e exclusivamente para arranjar, cada 1 desses grupos, 20 mil votos para Luciano Bivar”.
Presidente nacional do partido, Bivar é quem comanda politicamente o PSL em Pernambuco. Ele foi o único candidato pesselista eleito no Estado, com 117.943 votos. Atualmente, ele está rachado com o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).
Bete afirmou que foi convidada para se candidatar à Câmara dos Deputados por 1 dirigente da legenda para que a cota fosse cumprida. Além disso, ela recebeu R$ 10.000 do partido, mas disse que usou esse valor integralmente na campanha.
A ex-presidente do PSL falou que ficou sabendo pela imprensa de outras mulheres que receberam valores muito superiores aos que foram destinados à maior parte das candidatas da sigla.
Bete disse que só se filiou ao PSL por causa de Bolsonaro, “mas que não sabia como era a forma de trabalhar da direção local do PSL”.
Nem Bete, nem Bivar quiseram comentar o caso. Ele já negou irregularidades na campanha. Em outubro, endereços ligados a ele foram alvo de busca e apreensão da PF.
Fonte: PODER360
Créditos: PODER360