Transporte e Trânsito: JP precisa pensar grande

Prof. Msc. João Marcelo Alves Macêdo

Todos os anos, faço um esforço para estar em São Paulo, num congresso que é bem importante para minha área de estudo e às vezes fico imaginando como seria nossa João Pessoa, com ares saudosistas e ambiciosos comparando-a com a São Paulo. Lá sempre busco novas experiências e novos conhecimentos.

Neste ano queria ter uma nova experiência utilizando o metrô, para me deslocar, já que é uma solução rápida e segura. Utilizei a linha mais nova do metrô paulista, linha quatro, também conhecida por linha amarela, indo da estação da Luz até o Butantã, já que meu destino era a USP, integrando com um ônibus que nos deixa no campus da Universidade de São Paulo. Como em tempos modernos, já havia me inteirado de tudo, horários e linhas de metrô e ônibus, que deveria utilizar para chegar ao meu destino. E pasmem os senhores, que em menos de uma hora cheguei a ele.

E agora, me sinto no dever, de em tempos de eleição, tocar num assunto importante para cidade João Pessoa, já que ela necessita resolver dois pequenos problemas: TRÂNSITO e TRANSPORTE se quer continuar a crescer, sem virar um caos. A meu ver os postulantes ao cargo de prefeito ainda não apresentaram soluções viáveis para tais questões, nós precisamos pensar em nossa capital com urgência, deixando as querelas políticas de lado e almejando o melhor para a cidade.

Vou me concentrar no caso emblemático de Avenzoar, quando em 2004, candidato a prefeito, defendia e afirmava que iria implantar o metrô de superfície, todos o criticaram, oito anos se passaram e nada foi feito, vale lembrar que nosso atual prefeito é um urbanista, dos mais experientes e gabaritados, da UFPB. Sem esse e outros projetos nosso transito se tornará cada vez mais catastrófico. Na atual administração foi implantado o terminal de integração e depois na modalidade temporal, foram ótimos benefícios, do ponto de vista econômico para a população, no entanto parou por ai, já que leva todos a um único lugar ou ao tempo limitado para entrar no próximo ônibus.

Não houve nenhuma outra intervenção no serviço de transporte público e agora esta solução deve ser metropolitana, ou seja, pensado em conjunto com Cabedelo, Bayeux, Santa Rita, Conde e Alhandra, pelo menos, para não citar Caaporã, Pedras de Fogo e Cruz do Espírito Santo, que já estão perfeitamente ligadas e com os avanços do setor industrial que se vislumbra, deverão entrar neste pacote de soluções.

Daí iniciativas pontuais já sinalizavam como melhoria: Primeiro, no serviço de trem urbano, prestado pela CBTU, uma pequena atenção com o mínimo de investimento e segurança aos passageiros, integrando-o com o serviço de transporte público metropolitano e da capital. Segundo um projeto, que englobe todas as cidades citadas e assim possa resolver o caos que se anuncia para bem próximo.

Por fim, a população, deve cobrar, bem como, os setores empresariais, tem que buscar fomentar o debate, sob pena, de inviabilizar o processo de crescimento de nossa cidade e consequentemente a possibilidades de novos negócios.