Direitos Humanos

'NÃO TEMO BANDIDOS NEM PEDÓFILOS': na Paraíba, Damares Alves revela ameaças de morte e critica 'inconformados' com eleição de Bolsonaro

Ela sugeriu que essas ameaças partem de pessoas que, segundo ela, não se conformam com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e que estariam incomodadas com o trabalho de proteção às mulheres e crianças. Ela acrescentou, no entanto, que não teme os ataques. 

A ministra Damares Alves informou, nesta sexta-feira (25), em entrevista à rádio Arapuan FM, que recebeu centenas de ameaças, inclusive de morte e de estupro, desde sua indicação para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do Governo Federal. Ela sugeriu que essas ameaças partem de pessoas que, segundo ela, não se conformam com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) e que estariam incomodadas com o trabalho de proteção às mulheres e crianças. Ela acrescentou, no entanto, que não teme os ataques.

Segundo Damares, ela já recebeu 179 ameaças de morte desde que foi indicada para o cargo de ministra. “Os ataques a gente entende, porque quem perdeu a eleição não se conforma de ter perdido a eleição, então tem que atacar os vitoriosos. Essa guerra absurda. As pessoas não entendem que a gente vive numa democracia e nesse momento quem está no poder são os conservadores”, disse.

A ministra dos Direitos Humanos teve segurança reforçada após as ameaças. Ela pediu respeito à democracia e garantiu que não teme represálias. “Estão indo longe demais, mas eu não tenho mede de nenhuma ameaçada de morte, não tenho medo de bandido, não tenho medo de pedófilo, não tenho medo de corrupto, nada disso me desanima, pelo contrário, me motiva a trabalhar muito mais. Não são os ataques virtuais, as ameaças que vão nos paralizar”, considerou.

Damares Alves ainda pediu ‘reconciliação’ dos brasileiros e destacou as prioridades do seu ministério. “Queremos entregar um Brasil abençoado para os brasileiros, nós queremos paz, o fim da violência no campo, na cidade, na floresta, nós queremos reconciliar essa nação”, ponderou.

Agenda na Paraíba

A ministra Damares Alves participou, nesta sexta-feira (25), da Solenidade de Reparação Simbólica à memória da sindicalista paraibana Margarida Maria Alves, que foi assassinada em 1983, em Alagoa Grande. O evento aconteceu no auditório da Justiça Federal. Na ocasião, houve o encerramento de uma ação sobre a morte de Margarida que tramitava na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes