Engravidar já estando grávida, é mesmo possível? A digital influencer Thaiana Zimermam Nunes, 24, da página @treseperfeito, diz que ela e o marido, Bruno, passaram pela “experiência”. Hoje, ela, que já era mãe de Gabriel, 5, também tem a duplinha Yris e Alice, 6 meses. Em entrevista à CRESCER, ela contou como tudo aconteceu.
“Foram quase duas semanas de diferença entre uma e outra”
“Sempre quis ser mãe de menina. Com 15 anos, não tinha nem namorado e já comprava roupinhas e lacinhos. Quando conheci meu marido, mostrei tudo pra ele e já avisei que meu sonho era ser mãe. Meu primeiro bebê foi um menino, o Gabriel, que hoje está com 5 anos. Em 2016, engravidei novamente, mas, infelizmente, passei por um aborto. Cheguei a desistir de ter outro filho, mas em 2018, engravidei mais uma vez. Ficamos surpresos, pois foi de forma inesperada. Com 7 semanas, fiz um ultrassom, ouvi o coraçãozinho e chorei de emoção. Mas durante o exame, a médica saiu da sala e chamou outra pessoa. Fiquei com medo, achando que algo estivesse errado. Quando elas voltaram me disseram que estava aparecendo outro saco gestacional nas imagens e eu teria que fazer um transvaginal. Já comecei a tremer! O exame mostrou que era um saco gestacional em formação, e os batimentos cardíacos ainda estavam bem fraquinhos. Ela explicou que acontece de a mulher ovular, engravidar, o corpo não reconhecer, ovular de novo e engravidar de um segundo bebê. Eram quase duas semanas de diferença entre uma e outra. Foi um susto, misturado com alegria, pois jamais imaginei ter três filhos. E foi aquela alegria e surpresa quando descobri que seriam duas meninas. Sonhei nove anos com uma menina e ganhei duas! Afinal, a ‘Thaiana louca’ que juntava roupas de menina, iria ter duas filhas! Mas a gravidez não foi fácil. Fiquei internada algumas vezes, tive hiperêmese — que é o excesso de enjoos e vômitos —, emagreci 15 quilos. Também tive colestase, que é horrível, coça muito o corpo inteiro. Passei por muitas coisas, mas em abril de 2019, elas nasceram super saudáveis com 2,2kg e 2,4kg. Não precisaram de UTI e fomos todas para casa. São meus milagres!”
O obstetra e ginecologista Marcelo Ponte, da Clínica DUO +, explica que, embora seja uma condição rara, pode acontecer. “É chamada de superfetação. É quando a mulher ovula novamente no tempo de uma a quatro semanas depois de já ter engravidado. Ela acaba gerando uma gravidez dupla, como se fossem gêmeos, mas na verdade não foram concebidos no mesmo ato”, afirma o obstetra.
No entanto, Marcelo diz que é um diagnóstico difícil de ser dado, pois, normalmente, quando o primeiro ultrassom é feito, os bebês já estão formados. Portanto, se estiverem em uma fase mais avançada da gestação, são considerados gêmeos. A não ser que o diagnóstico seja realizado precocemente, possibilitando o médico de observar que os bebês foram gestados em momentos diferentes”, completa.
Fonte: Revista Crescer
Créditos: SABRINA ONGARATTO