Notas fiscais da empresa Viu Mídia, que prestou supostamente serviços à campanha do PSL em Minas Gerais, comandado pelo ministro Marcelo Álvaro Antônio, e entregues à Justiça Eleitoral reforçam a suspeita de caixa dois na campanha do partido em 2018, incluindo a campanha de Jair Bolsonaro.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, os documentos, que integram a prestação de contas da legenda, corroboram dados de uma planilha apreendida pela PF na sede da empresa e confirmariam que parte do dinheiro do esquema de candidaturas de laranjas foi desviado e abasteceu, por meio de caixa dois, campanhas de outros candidatos da legenda, entre elas a de Jair Bolsonaro
Na semana passada, Bolsonaro desqualificou a Política Federal e o inquérito aberto contra seu ministro do Turismo, afirmando que a PF agiu de ‘má-fé’ e que houve “exagero” no inquérito e que a intenção não foi atingir o ministro, mas sim o presidente da República.”
Segundo a PF, a planilha apreendida na empresa tem oito colunas, entre elas o nome do candidato para o qual o material teria sido realizado, o tipo de material e as quantidades.
No entanto, nas colunas que tratam de valores, há uma intitulada “NF”, interpretada por investigadores como sendo “nota fiscal”, e outra intitulada “out”, que indicaria o pagamento “por fora”. Da planilha, cerca de 70 nomes de candidatos aparecem na coluna “out”.
Ainda de acordo com a Folha, no TSE constam dez notas fiscais da Viu Mídia entregues pelo PSL que totalizam R$ 48,4 mil. “Esses documentos trazem em seu campo de discriminação materiais e valores que coincidem com os materiais e valores descritos na coluna “NF””, destaca a reportagem.
Por outro lado, não há, nos papéis encaminhados à Justiça, registro dos materiais e valores constantes na coluna “out” da planilha apreendida, reforçando o indicativo de caixa dois.
Fonte: Brasil247
Créditos: Brasil247