Os principais negociadores comerciais dos Estados Unidos e da China vão se reunir nesta quinta-feira (10) pela primeira vez desde o final de julho para tentar encontrar uma maneira de resolver a disputa de 15 meses, no momento em que novos atritos ameaçam as expectativas de avanço.
O vice-premiê chinês, Liu He, o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, buscarão reduzir as diferenças o suficiente para evitar o aumento de tarifa marcado para 15 de outubro sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses.
Mas a atmosfera em torno das negociações azedou com a decisão do Departamento do Comércio dos EUA na segunda-feira de colocar 28 agência de segurança pública e empresas de tecnologia e vigilância da China em uma lista de sanções, citando violações de direitos humanos de grupos minoritários muçulmanos na província chinesa de Xinjiang.
Um dia depois, o Departamento de Estado dos EUA impôs restrições de vistos a autoridades chinesas ligadas à questão de Xinjiang.
Falando a repórteres em Washington na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou: “Se pudermos fechar um acordo, vamos fazer um acordo, há uma chance realmente boa”.
“Na minha opinião, a China quer fechar um acordo mais do que eu”, completou.
Segundo informou a Bloomberg, a Casa Brança está avaliando um pacto cambial com a China como parte de um acordo parcial para que o aumento planejado de tarifa na próxima semana seja suspenso.
O mercado acionário da China atingiu uma máxima de duas semanas nesta quinta-feira com investidores esperando um acordo comercial parcial com os Estados Unidos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,82%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,78%, chegando ao nívelmais alto desde 26 de setembro.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba