A sucessão municipal deste domingo (06) chega a Cuité, na região do Curimataú paraibano, que é conhecida, também, pela polarização e acirramento político. A cidade é administrada pelo prefeito Charles Camaraense (Cidadania), eleito em 2016 com 6.887 (51,97% dos votos) contra Fabiano Valério (MDB), que obteve 6.365 (48,03% da votação válida). O atual gestor venceu o pleito, portanto, com uma diferença de apenas 522 votos.
Em 2020, Camaraense deve ir para a reeleição apostando no discurso da renovação, já que no último pleito ele venceu o grupo da ex-prefeita Euda Fabiana (Patriota) e do seu esposo, Bado, que já governaram a cidade e são de família tradicional na região. Em entrevista ao Polêmica Paraíba, o prefeito destacou as razões pelas quais pretende ser candidato à reeleição.
“Meu intuito é contribuir para a cidade. Hoje tenho uma responsabilidade muito grande. Sou filho de Cuité e o povo me concedeu uma oportunidade de gerir o município. Acho que a melhor forma de dar satisfação à população é mostrando trabalho. É isso que temos feito. Somos uma das poucas prefeituras onde não há nenhum parente empregado, não tenho carro alugado para gabinete nem imóvel da família alugado pela prefeitura. Isso faz com o que a população enxergue o que estamos fazendo em Cuité, o que nos credencia a tentar a reeleição do município”, destacou.
Por outro lado, o grupo da ex-prefeita Euda já se articula com outras lideranças da oposição para tentar reaver a prefeitura municipal. Quando governou a cidade, ela era filiada ao MDB e pode receber o apoio do partido, mais uma vez, em 2020.
Atualmente, a oposição conta com 6 dos 11 assentos na Câmara Municipal da cidade. A disputa entre os dois grupos foi reeditada já no último pleito, quando Euda e a filha de Camaraense, Rafaela, foram candidatas a deputada estadual. A ex-prefeita obteve 5.230 votos, enquanto a herdeira do atual gestor ficou com 5.465 votos, portanto, com uma maioria apertada.
O clima de pré-campanha já invadiu a cidade. As articulações não param, bem como as estratégias de ambos os grupos para o enfrentamento a ser feito no próximo ano. Se não há certeza sobre o vencedor, sabe-se, porém, que as ruas da cidade voltarão a se dividir em duas cores em 2020, com a população participando ativamente da decisão, mantendo a tradição do acirramento partidário e democrático.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba