O ex-candidato a prefeito de Cabedelo, José Eudes (PTB), classificou como ‘golpe’ e ‘perseguição política’ a decisão da Mesa Diretora da Câmara Municipal da cidade, que decidiu declarar a perda de mandato do vereador por ‘excesso de faltas’. Em resolução publicada nesta sexta-feira (27), a presidente da Casa, Graça Rezende, também oficializa a vacância do cargo.
Segundo a Mesa Diretora da Câmara de Cabedelo, não houve cassação de mandato, mas a perda do cargo ‘em razão de causa extintiva’, com base no artigo 37 e inciso III da Lei Orgânica Municipal. Ainda segundo a Câmara, o ex-parlamentar faltou a mais de um terço das sessões ordinárias de uma sessão legislativa, o que ocasionaria a punição.
Em entrevista ao Polêmica Paraíba, Eudes disse que o motivo da perda do mandato foi perseguição política. Ele negou que tenha excedido o limite de faltas para justificar a decisão da Câmara. “É o terceiro processo de cassação que eu enfrento. Foi tudo armação. Desapareceram documentos. Durante o processo, eu pedi perícia de documentos e eles não autorizaram, pois sabiam que eu ia provar a verdade, então me puniram por eu não querer fazer parte do governo deles e de não compactuar com as coisas deles”, disse.
Eudes revelou que ficou com a ‘saúde debilitada’ ao enfrentar o processo e prometeu acionar a Justiça para reaver o mandato e denunciar irregularidades. “Para você ter uma ideia, nós temos 15 vereadores, e tinha sessão que tinha 16 vereadores assinando. Quem estava assinando por eles? Tem muita coisa obscura que a gente vai acionar a Justiça para mostrar”, prometeu.
Outro lado
A Mesa Diretora da Câmara de Cabedelo negou irregularidades na condução do processo e informou que o vereador José Eudes teve direito “amplo e irrestrito” à defesa.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba